O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira a abertura de um diálogo com autoridades e agentes financeiros da América Latina para fortalecer a luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
O Tesouro disse que cerca de 50 representantes dos setores público e privado, dos EUA e da América Latina, participaram de uma mesa-redonda na sede do Departamento sobre como melhorar a informação do setor privado e para estabelecer um intercâmbio de iniciativas bem-sucedidas contra os crimes financeiros.
Os participantes decidiram iniciar um diálogo de longo prazo com o setor privado sobre o tema, por meio de uma série de conferências, seminários e oficinas que unam bancos dos EUA e da América Latina, em um intercâmbio direto.
Entre os participantes latino-americanos estavam Zenon Biagosch, diretor do Banco Central argentino, e Gustavo Rodrigues, presidente do Gafisud (força-tarefa financeira sul-americana) e chefe da Unidade Brasileira de Inteligência Financeira.
- O Banco Central da Argentina é um verdadeiro defensor dessa iniciativa - disse Biagosch em nota.
Também estiveram presentes membros da Associação Latino-Americana de Bancos, da Associação Internacional de Bancos da Flórida e da Associação Americana de Bancos, além de autoridades americanas.
A reunião ocorre cerca de uma semana depois da revelação de um polêmico programa secreto dos EUA que, na busca por terroristas, monitora registros financeiros a partir de um consórcio com sede em Bruxelas.
Pelo programa, criticado por democratas no Congresso, o Tesouro recebeu dados da Sociedade para as Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift), que tem como sócios ou controladores quase oito mil bancos comerciais em 200 países.
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