O governo dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (29) que o anúncio dos resultados das eleições de domingo (28) na Venezuela, que teriam sido vencidas pelo ditador Nicolás Maduro, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), carece de credibilidade e pediu às autoridades locais que divulguem as atas eleitorais.
“Ao declarar um vencedor sem uma apuração detalhada de cada seção eleitoral, os representantes de [Nicolás] Maduro privaram de qualquer credibilidade os supostos resultados eleitorais que anunciaram. Temos sérias preocupações de que esse resultado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”, disse uma autoridade dos EUA em ligação com repórteres.
O CNE da Venezuela proclamou a vitória de Maduro com 51,2% dos votos, contra 44,2% do oposicionista Edmundo González.
Os representantes dos EUA na reunião se recusaram a abordar a possibilidade de sanções ou outras medidas, embora tenham dito que há “várias opções” e que isso dependerá “das decisões que o CNE tomar nos próximos dias em relação à divulgação dos dados”.
“Acho que as autoridades de Maduro entendem que, se for comprovado que cometeram fraude na condução dessas eleições, isso não será bom para seus objetivos de longo prazo de normalizar as relações diplomáticas e políticas da Venezuela na região”, argumentaram.
Na mesma linha, a Casa Branca anunciou nesta segunda-feira que adiará a tomada de decisões sobre a Venezuela, incluindo a possibilidade de impor novas sanções, até que todos os registros de votação das eleições sejam divulgados.
“Adiaremos nosso pronunciamento até que isso aconteça. Nós e o resto da comunidade internacional estamos observando e responderemos de acordo”, declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos