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O assassinato do ex-presidente afegão Burhanudin Rabbani por insurgentes talibãs é "estrategicamente significativo", mas não alterará a estratégia de guerra dos Estados Unidos, segundo a cúpula de defesa do país.

De acordo com o secretário de Defesa Leon Panetta e o chefe de Estado maior das Forças Armadas, almirante Mike Mullen, a morte de Rabbani, que representava o governo afegão nas conversas de paz com os talibãs, faz parte de uma campanha de assassinatos seletivos praticados pelos os insurgentes, cada vez mais acuados no campo de batalha.

Os insurgentes, disse Mullen, "não tiveram êxitos militares este ano. Neste aspecto, sua campanha fracassou".

O almirante afirmou, no entanto, que as forças americanas lidam "seriamente" com a onda de assassinatos.

"Estrategicamente, é significativa", disse, ressaltando que de qualquer forma não fará com que Washington modifique o essencial da estratégia bélica que conduz há dez anos.

Falando na mesma conferência, Panetta afirmou que as forças americanas estão coordenando com as afegãs para tentar liquidar os talibãs.

O assassinato de Rabbani é o mais grave dos homicídios de altas personalidades afegãs desde 2001, quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão para expulsar os talibãs do poder.

O ex-presidente, que chefiava o Alto Conselho para a Paz, instituído no ano passado pelo presidente afegão, Hamid Karzai, foi morto esta terça-feira por um talibã suicida, que detonou os explosivos que levava escondidos em seu turbante.

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