Um órgão de segurança conjunto de Iraque e Estados Unidos disse na quarta-feira que forças americanas mataram "por engano" duas mulheres que seguiam para uma maternidade no norte de Bagdá.
"Forças americanas mataram duas mulheres por engano... quando elas iam para uma maternidade, em um táxi", informou o relatório, sem especificar se alguma das mulheres estava grávida. Mas a agência Associated Press noticiou que, em comunicado por email, militares americanos informaram que uma delas estava grávida.
O relatório do incidente, divulgado pelo órgão comum do exército iraquiano e das forças americanas na província de Salahaddin, diz que as duas mulheres foram mortas a tiros na pequena cidade de al-Mutasim, na terça-feira.
Um comunicado do Centro de Coordenação Conjunta identificou-as como sendo Saleha Mohammed, de 55 anos, e Nabiha Nasif, de 35 anos.
Uma fonte policial disse que o motorista do carro ficou ferido.
Segundo as Forças Armadas dos EUA, o carro entrou em uma "área identificada claramente como proibida", perto de um posto de observação.
- À medida em que o veículo se aproximava do posto de observação e não parava, apesar de repetitivos sinais visuais e auditivos, tiros foram disparados para danificar o veículo - disse à Reuters o tenente-coronel Ed Loomis em resposta a uma pergunta. - O veículo parou, mudou de direção e rapidamente afastou-se do local.
Ele disse que as forças receberam, depois, relatórios da polícia iraquiana de que duas mulheres haviam morrido em decorrência de ferimentos provocados por tiros em um hospital na cidade de Samarra, 100 quilômetros ao norte de Bagdá.
As Forças Armadas dos EUA - alvo de numerosos ataques suicidas desde a invasão de 2003, cujo objetivo era derrubar Saddam Hussein - reclamam que os iraquianos dirigem muito rápido e ignoram sinais de advertência.
Já o povo iraquiano reclama que os soldados americanos que fazem a guarda de postos de controle abrem fogo apressadamente contra veículos, o que causa a morte de civis inocentes.