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Acordo comercial norte-americano

EUA, México e Canadá assinam autorização para novo Nafta

Presidente do México, Enrique Pena Nieto (E), o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, assinam um novo acordo de livre comércio da América do Norte durante a cúpula do G20, em Buenos Aires | SAUL LOEB/AFP
Presidente do México, Enrique Pena Nieto (E), o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, assinam um novo acordo de livre comércio da América do Norte durante a cúpula do G20, em Buenos Aires (Foto: SAUL LOEB/AFP)

Os EUA, o Canadá e o México assinaram nesta sexta-feira (30), em Buenos Aires, a autorização para o novo acordo de comércio entre os três países, que substitui o Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte).

O novo tratado, agora chamado de U.S.-Mexico-Canada Agreement (Umsca), foi apresentado pelos presidentes Donald Trump e Enrique Peña Nieto e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

Boa parte dos itens ainda precisa passar pelas equipes técnicas dos três países e pelos respectivos congressos, porém, a assinatura simboliza que há um compromisso comum de autoproteção do bloco.

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Trump elogiou o resultado: "O modelo deste acordo muda o cenário da relação comercial entre os três países para sempre. Esta é a melhor saída que encontramos para os três países", afirmou.

Trudeau também se mostrou animado: "O novo documento mantém a estabilidade da economia canadense".

O ato também marca uma vitória para o presidente dos EUA

Trump repetidamente classificou o Nafta como "o pior acordo comercial de todos os tempos" e chegou perto de retirar os Estados Unidos dele logo após ter tomado posse. 

O novo acordo exige que 75% de cada veículo isento de impostos seja produzido na América do Norte, acima dos 62,5% no tratado atual, e requer que uma quantidade substancial de que fabricação seja realizada por trabalhadores que ganham pelo menos US$ 16 por hora. 

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Essa medida destina-se a reduzir a migração de empresas americanas para os Estados Unidos, em busca de mão-de-obra de baixo custo. 

O acordo, renomeado por Trump como "Acordo EUA-México-Canadá", contém novas disposições que regem o comércio eletrônico e os fluxos de dados transfronteiriços que não faziam parte do tratado anterior, que havia sido negociado antes que a Internet se tornasse uma grande força comercial. 

Este tratado também ressalta o fato de Trump ter se afastado dos acordos comerciais globais que seus predecessores apoiaram, em favor de acordos regionais ou mesmo individuais. 

Dificuldades

Nos EUA, a principal dificuldade estará em passar o novo acordo pela Câmara que, a partir de janeiro, terá a maioria de membros do partido Democrata.

Outra incerteza sobre a ratificação do acordo é que este é o último dia do governo do mexicano Enrique Peña Nieto, que inclusive viaja ainda nesta sexta-feira para transmitir o comando do México para seu sucessor, Andrés Manuel López Obrador, que também terá maioria no Senado mexicano. Ou seja, a ratificação do novo acordo, daqui a alguns meses, já será sob nova gestão.

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