Os Estados Unidos estão otimistas com as conversas militares com a China e querem maiores laços para ajudar a reduzir o risco de erros de cálculo, afirmou neste sábado uma autoridade militar norte-americana, minimizando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
O Chefe de Estado-Maior do Exército dos EUA, general Ray Odierno, disse a repórteres em Pequim que ele teve "francas, honestas e importantes" conversas com seus colegas chineses para estabelecer um maior diálogo entre os dois Exércitos.
"Isso é realmente aumentar a cooperação e, francamente, controlar a concorrência. Queremos expandir nossa cooperação a um alto nível, aumentar nossa cooperação em área de interesse mútuo e administrar nossas diferenças de forma construtiva", disse Odierno.
"Eu acredito que temos muito em comum, não apenas com o governo chinês, mas com os militares chineses. É importante para a gente enfatizar esse engajamento, diálogo e entendimento, construindo confiança entre nossos setores militares."
A China e os EUA possuem muitas discordâncias diplomáticas na região, incluindo as medidas chinesas para tentar obter soberania sobre os mares da China Meridional e Oriental e o apoio norte-americano para Taiwan, reivindicado pelos chineses como uma província desobediente.
"Esses são assuntos que estamos trabalhando há muito tempo, e continuaremos", afirmou Odierno.
Os militares chineses e norte-americanos ficaram de lados opostos várias vezes nos últimos anos, aumentando o temor de que ocorra um conflito por falta de comunicação efetiva entre os dois lados.
Em dezembro, um cruzador dos EUA operando no Mar da China Meridional foi obrigado a fazer manobras evasivas para evitar a colisão com um navio de guerra chinês que estava por perto.
"Construir um relacionamento no qual você pode pegar um telefone e ligar para o seu colega, tendo a habilidade de fomentar uma confiança mútua, realmente ajuda a mitigar potenciais erros de cálculo e problemas", afirmou Odierno.
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