Os Estados Unidos deixaram de prontidão na segunda-feira dois navios com interceptadores de mísseis, disse um porta-voz militar, dias antes de a Coreia do Norte disparar um foguete que muitos consideram violar sanções da ONU.

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Esse é o primeiro desafio significativo do espinhoso regime comunista norte-coreano ao governo do presidente norte-americano Barack Obama, que irá discutir as intenções de Pyongyang com líderes globais durante a cúpula desde semana do G20 em Londres.

Os Estados Unidos, no entanto, não têm intenção de abater o foguete, disse no domingo o secretário de Defesa Robert Gates. "Eu diria que não estamos preparados para fazer nada a respeito", disse ele ao canal Fox News.

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"Se tivéssemos um míssil aberrante, que parecesse se dirigir ao Havaí, poderíamos considerar", acrescentou, ressalvando que o Pentágono considera improvável que o regime norte-coreano dirija o foguete contra a Costa Oeste dos EUA ou o equipe com uma ogiva.

Os EUA e seus aliados asiáticos acreditam que o foguete disfarce o teste com um míssil de longo alcance Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca.

A Coreia do Norte diz que seu objetivo é colocar um satélite de comunicações em órbita, como parte de um programa espacial pacífico e legal. Sanções da ONU por causa de testes anteriores proíbem Pyongyang de testar mísseis balísticos.

Sem entrar em detalhes, um porta-voz militar disse que as forças norte-americanas mobilizaram os navios antimísseis da base naval de Busan, na Coreia do Sul. Autoridades dizem que a Coreia do Sul também pretende mobilizar destroieres capazes de derrubar mísseis.

No fim de semana, o Japão levou duas embarcações de defesa para a sua costa oeste, e deixou uma outra, com um sofisticado sistema de radares, a leste. Tóquio diz que tem como interceptar destroços que eventualmente caiam em seu território, mas tampouco deve tentar derrubar o foguete.

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A Coreia do Norte diz que vai lançar o foguete entre os dias 4 e 8 de abril, e que seus estágios de propulsão cairão a leste e oeste do Japão. O foguete já está em sua plataforma de lançamento, na base de Musudan-ri (leste).

Após examinar imagens de satélite, o Instituto para a Ciência e a Segurança Internacionais disse no fim de semana que é impossível saber qual é a carga do foguete.