O governo dos Estados Unidos tratou de diminuir as expectativas sobre as negociações nucleares com o Irã que terminam amanhã, quarta-feira (16), em Genebra, ao afirmar que não espera que resultem em um "grande avanço" apesar dos "sinais positivos" de Teerã.
"Queremos deixar claro que, apesar dos sinais positivos que vimos, ninguém deveria esperar um grande avanço de hoje a amanhã. Estes são assuntos muito complicados, em alguns casos muito técnicos", disse em entrevista coletiva o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
No mesmo sentido, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse: "ninguém esperava, nem esperamos, que estas conversas acabassem com um grande avanço".
As potências do grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) fecharam nesta terça-feira (15) em Genebra o primeiro de dois dias de negociações com o Irã, cujo ministro das Relações Exteriores, Mohammed Yavad Zarif, apresentou uma nova proposta de seu país para aliviar as inquietações o desenvolvimento de seu programa nuclear suscita.
Segundo Psaki, a proposta foi formulada através de uma apresentação no PowerPoint; e as equipes técnicas dos dois lados passaram o dia de hoje debatendo ao respeito.
"Pela primeira vez, nossa equipe teve conversas técnicas muito detalhadas", assegurou Psaki.
A porta-voz prometeu fazer uma avaliação em profundidade amanhã, e lembrou que "os iranianos têm que traduzir suas palavras em ações essenciais e é disso que se trata a conversa agora". E disse que a representante dos Estados Unidos nas negociações, a subsecretária de Estado Wendy Sherman, está "aberta" a manter uma reunião bilateral com Zarif, mas não disse se tem planos de fazê-lo nesta quarta-feira.
Quanto às preocupações expressadas por Israel e Arábia Saudita sobre a aproximação dos EUA com o Irã, Psaki disse que o secretário de Estado, John Kerry, deixou claro a estes países que o governo tem "os olhos muito abertos" nas negociações e acredita que "não chegar a um acordo é melhor que chegar a um mau".
No sábado, Kerry manteve uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al-Faisal, para explicar que se os EUA veem "que se abre uma porta diplomática" em sua negociação com o Irã, é sua "responsabilidade aproveitá-la", reforçou a porta-voz Psaki.
Grande parte da comunidade internacional, encabeçada por Estados Unidos e Israel, acusa o Irã de ocultar sob seu programa nuclear civil outro de natureza clandestina e ambições bélicas, o que o país sempre refutou.
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