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TERRORISMO

EUA não sabem onde julgar réus do 11/9

Nova Iorque - O conselheiro-sênior da Casa Branca, David Axelrod, afirmou ontem, no programa de TV "Meet the Press", que o governo ainda não decidiu onde realizar o julgamento dos suspeitos dos atentados do 11 de Setembro. A Casa Branca defendia que Khalid Sheikh Mohammed e outros quatro suspeitos fossem julgados em Nova Iorque, mas, na semana passada, o governo federal sofreu um revés após o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, abandonar o apoio ao projeto.

Bloomberg afirma que os custos de segurança, estimados em US$ 200 milhões por ano, são altos demais. A posição do prefeito reflete a visão dos executivos de Wall Street, de moradores e do mercado imobiliário. Funcionários do governo sustentam que a Casa Branca passou a considerar outras opções. Questionado se a cidade ainda estava nos planos do governo, Axelrod disse que o presidente pretende levar em consideração a opinião das autoridades locais.

Apesar disso, Axelrod afirmou que o Obama está comprometido com a ideia de levar os suspeitos a julgamento. Disse ainda que o governo de George W. Bush fez o mesmo com outros suspeitos de terrorismo. "Agora nós temos um presidente democrata e de repente ouvimos esses protestos. Isso não faz sentido’’, disse. O governo ainda pode enfrentar outras derrotas políticas nessa área. O senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, planeja apresentar novamente projeto de lei que veta os julgamentos criminais dos suspeitos do 11 de Setembro.

Caso o Congresso não libere recursos para custear o julgamento, o governo pode ser obrigado a reconsiderar o que já havia sido descartado – o uso de uma comissão militar, o que teria uma repercussão negativa para um presidente que ainda tenta fechar a prisão de Guantánamo, que abriga os presos da "guerra ao terror’’. Sobre as críticas feitas pelo presidente à Suprema Corte durante o discurso ao Estado da União, Axelrod disse que os comentários foram "adequados’’. Obama condenou uma decisão da Suprema Corte que derruba restrições para doações destinadas a campanhas políticas.

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