O Pentágono não detectou movimentos das tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia que correspondam à prometida retirada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que as eleições nesse país transcorram com normalidade.
"Não detectamos nenhuma mudança da postura militar da Rússia nos arredores da fronteira com a Ucrânia. Se tivesse ocorrido, saberíamos", afirmou nesta quarta-feira o porta-voz adjunto do Pentágono, o coronel Steve Warren.
A análise coincide com as conclusões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que hoje disse que não detectaram indicações de mudanças nas posições militares russas na fronteira com a Ucrânia.
O Pentágono estima que a Rússia tenha cerca de 40 mil tropas mecanizadas, artilharias e aeronaves situadas frente à fronteira, o que foi criticado duramente por Washington e seus parceiros europeus.
O presidente russo surpreendeu hoje ao aceitar a convocação de eleições na Ucrânia o dia 25 de maio, que deveriam substituir o governo interino estabelecido após a saída do presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovich.
Putin assegurou que a Rússia retirou suas tropas da fronteira com a Ucrânia para suas bases de treino regular, algo que também era motivo de tensão entre Moscou e Kiev.
As tropas supostamente estavam realizando exercícios militares e não preparando uma invasão, como temiam Estados Unidos e seus aliados na zona.
- Putin pede a rebeldes ucranianos que adiem votação sobre separação
- Ucrânia captura ministro da defesa da autoproclamada "República de Donetsk"
- Insurgentes voltam a controlar Prefeitura de Mariupol, na Ucrânia
- EUA criticam proposta de referendo de independência em Donetsk e Lugansk
- Ucrânia: mortes em confrontos em Sloviansk somam 34
- Parlamento da Ucrânia rejeita realizar referendo em 25 de maio
- Ucrânia: 38 dos 46 mortos em incêndio de Odessa são identificados
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura