Os Estados Unidos negaram nesta quarta-feira (8) estarem envolvidos no suposto "complô para derrubar" o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. O líder do regime chavista disse nesta semana ter prendido dois "mercenários" americanos que, segundo ele, estavam planejando "ações terroristas" contra sua ditadura.
Em declarações à Agência EFE, um porta-voz do Departamento de Estado americano expressou preocupação com o anúncio da prisão de cidadãos americanos na Venezuela e disse que o governo está "trabalhando para reunir mais informações" sobre o ocorrido.
O mesmo porta-voz, contudo, se recusou a fornecer mais detalhes "por questões de privacidade", mas enfatizou que o governo de Joe Biden, em fim de mandato, não está por trás de nenhuma “conspiração terrorista”.
"Qualquer alegação de que os Estados Unidos estão envolvidos em um complô para derrubar Maduro é categoricamente falsa. Os Estados Unidos continuam apoiando uma solução democrática para a crise política na Venezuela", declarou.
O porta-voz enfatizou que o governo de Maduro já deteve cidadãos americanos no passado "sem justificativa ou o devido processo" e lembrou que o Departamento de Estado desaconselha viagens à Venezuela.
Maduro anunciou nesta terça-feira (7) a prisão de sete pessoas que descreveu como "mercenários" estrangeiros, dos quais dois eram dos Estados Unidos, dois da Colômbia e três da Ucrânia.
Segundo o regime venezuelano, esses indivíduos pretendiam realizar “ações terroristas" três dias antes da posse presidencial.
Na última sexta-feira (3), a ditadura de Caracas anunciou a mobilização de 1.200 militares com o objetivo de "garantir a paz" em vista da cerimônia de posse presidencial do próximo dia 10, quando tanto Maduro como o líder opositor Edmundo González Urrutia asseguram que assumirão o cargo de chefe do executivo venezuelano para o período de 2025-2031.