O governo dos Estados Unidos, liderado pelo democrata Joe Biden, negou nesta segunda-feira (13) que haja um “genocídio” na Faixa de Gaza, mas pediu a Israel que “faça mais” para garantir a proteção dos civis no território palestino.
“Acreditamos que Israel pode e deve fazer mais para garantir a proteção e o bem-estar de civis inocentes. Não acreditamos que o que está acontecendo em Gaza seja genocídio", disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista coletiva.
Sullivan reiterou que os EUA se opõem a uma operação militar em grande escala na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza e na fronteira com o Egito. Lá estão cerca de 1,4 milhão de pessoas, a maioria dos quais fugiu da ofensiva israelense no restante do enclave.
“Acreditamos que seria um erro lançar uma operação militar em grande escala no coração da região, o que colocaria em risco um grande número de civis”, afirmou Sullivan.
Até o momento, o governo dos EUA considera a operação israelense em Rafah como sendo de “alcance limitado”, não a “invasão em grande escala” contra a qual vem alertando há meses.
Estimativas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), que é acusada por Israel de abrigar terroristas do Hamas, cerca de 360 mil pessoas fugiram de Rafah desde a primeira ordem de evacuação emitida pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) há uma semana.
No fim de semana, Israel ampliou a ordem de deslocamento para mais regiões do centro de Rafah e, nesta segunda-feira, acrescentou mais dois bairros na metade oeste da região. (Com Agência EFE)