Os cineastas que produzem um filme sobre a ação militar norte-americana que resultou na morte de Osama bin Laden estão recebendo ajuda do Pentágono, mas não tiveram acesso a nenhuma informação sigilosa, disse o governo dos EUA na quarta-feira.

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O filme, abordando um dos maiores feitos no mandato do presidente Barack Obama, deve ser lançado em outubro de 2012, menos de um mês antes de Obama disputar a reeleição.

O deputado republicano Peter King, presidente da Comissão de Segurança Doméstica da Câmara, pediu na terça-feira uma investigação sobre os contatos mantidos entre o governo e os produtores do filme, especialmente envolvendo informações que possam comprometer os métodos operacionais das forças de operações especiais.

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"As alegações são ridículas", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, a jornalistas. "Não discutimos informações sigilosas. E eu esperaria que, ao enfrentarmos a continuada ameaça do terrorismo, o Comitê de Segurança Doméstica da Câmara tivesse tópicos mais importantes para discutir do que um filme."

O coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono, disse que o Departamento de Defesa está cooperando com a cineasta Kathryn Bigelow e com o roteirista Mark Boal no desenvolvimento do filme sobre a ação que matou Bin Laden, em maio, no Paquistão.

A dupla, responsável pelo premiado filme "Guerra ao Terror", que trata da guerra do Iraque, já preparava um filme sobre Bin Laden antes da morte dele.

O Pentágono tem dois funcionários encarregados de assessorar produtores de cinema, TV, videogames e outros meios de comunicação de massa. "Somos contatados principalmente por cineastas que buscam acesso aos nossos equipamentos, nosso pessoal e nossas instalações. A assessoria técnica é uma espécie de subproduto dessa relação", disse Phil Strub, chefe dessa pequena equipe.

Comentando um artigo do jornal The New York Times que apontava o filme como uma peça auxiliar na campanha eleitoral de Obama, King disse que era preciso investigar a suspeita de que Bigelow teve "acesso de alto nível à missão mais sigilosa da história".

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Lapan disse que o Pentágono está auxiliando a diretora "na pesquisa do roteiro, que é algo que habitualmente fazemos para cineastas consagrados". Ele insistiu que "não discutimos informações sigilosas" nessas colaborações.

Carney disse que as informações entregues aos realizadores "estão focadas no papel do presidente".

"Não há nada de diferente na informação que demos a ninguém que esteja trabalhando nesse tópico daquela que demos a vocês (jornalistas) nesta sala que trabalharam nisso nos dias e semanas após a própria ação", disse Carney.