Os Estados Unidos estão trabalhando para convencer a Rússia a usar a diplomacia para lidar com os seus interesses na Ucrânia e de que haverá custos para qualquer nova escalada das tensões na Crimeia, disse o secretário de Comunicação do governo Obama, Jay Carney, nesta terça-feira (11). Na quarta-feira (12), o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, deve se encontrar com Obama na Casa Branca. "Apoiamos firmemente a Ucrânia e a legitimidade do governo ucraniano", destacou o secretário durante o relatório de imprensa diário.
Carney salientou que o governo norte-americano está tentando persuadir a Rússia a evitar ações agressivas na Crimeia, com oficiais trabalhando para ver se os russos "estão dispostos a resolver essa situação diplomaticamente".
Ele assinalou que o secretário de Estado, John Kerry, está em contato regular com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. Eles conversaram novamente na quinta-feira (6), apontou Carney, acrescentando que "esses diálogos irão continuar".
Por ora, Carney reforçou que haverá custos para a Rússia no caso de ações na Crimeia. "Temos uma ferramenta flexível no decreto que o presidente assinou que nos permitirá calibrar o custo dependendo das decisões que a Rússia tomar", acrescentou. Outras medidas contra a Rússia dependerão se o país optar ou não por manifestar suas preocupações com a Ucrânia de forma pacífica, disse o secretário.
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