O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou nesta quinta-feira (28) que o país está oferecendo uma recompensa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) pelos responsáveis pela morte do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, vítima de um assassinato dias antes das eleições, em agosto.
Segundo o comunicado divulgado pelo Departamento de Defesa dos EUA, serão recompensados aqueles que apresentarem "informações que levem à prisão dos mandantes do crime e dos cúmplices".
Blinken também anunciou uma recompensa de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para quem apresentar informações que levem à identificação e localização de "qualquer liderança-chave no grupo do crime organizado transnacional responsável pelo homicídio de Villavicencio".
O político foi morto a tiros ao sair de um comício eleitoral, em Quito, no dia 9 de agosto. O candidato, que era jornalista, foi responsável por diversas investigações contra organizações criminosas no Equador.
Seis pessoas já estão detidas por participação no crime, sendo seis colombianos. Outro suspeito, também da Colômbia, morreu durante troca de tiros com os seguranças do candidato presidencial.
De acordo com o secretário de Estado americano, a investigação recebe apoio do FBI.
Nesta quarta-feira (26), a viúva do candidato morto foi vítima de uma tentativa de ataque na capital equatoriana.
As informações sobre o ocorrido foram divulgadas pelo substituto de Villavicencio nas urnas, Christian Zurita. De acordo com ele, Verónica Sarauz estava em um carro na capital equatoriana, quando foi abordada por um homem de moto, que tentou atacá-la.
O criminoso tinha origem venezuelana e portava uma arma, segundo a polícia. Verónica não foi atingida e o acusado foi preso logo após o crime.
A polícia afirmou que o caso não parece ter relação com o assassinato do político, mas não descarta a possibilidade.
Eleições presidenciais
O segundo turno das eleições presidenciais está marcado para o próximo dia 15 de outubro.
Concorrem ao cargo a correísta Luisa González, do partido Revolução Cidadã, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) e o empresário Daniel Noboa, do partido Ação Democrática.