Os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de US$ 10 milhões pelo fundador do grupo militante paquistanês Lashkar-e-Taiba, responsável pelos ataques em série que mataram 166 pessoas na cidade indiana de Mumbai em 2008, segundo o site do Departamento de Estado norte-americano.

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Hafiz Mohammad Saeed fundou o grupo na década de 80, supostamente com apoio do Paquistão, para pressionar a arquiinimiga Índia a ceder na disputa pelo território da Caxemira. O grupo foi proscrito pelo governo paquistanês em 2002 mas continua operando com relativa liberdade, coordenando até mesmo trabalhos de caridade com recursos federais.

Os EUA classificam o Lashkar-e-Taiba e sua divisão de bem-estar social, o Jamaat-ud-Dawwa, como organizações terroristas. Oficiais de inteligência e especialistas em terrorismo dizem que o grupo expandiu suas atividades para outras países além da Índia e que já tramou ataques na Europa e Austrália. O grupo chegou até mesmo a ser chamado de "a próxima Al-Qaeda" e há temores de que poderia vir a atacar os EUA.

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Saeed atua abertamente no Paquistão, fazendo discursos públicos e aparecendo em programas de TV locais. Os EUA também oferecem US$ 2 milhões pelo número 2 do Lashkar-e-Taiba, Hafiz Abdul Rahman Makki, que é cunhado de Saeed.

O prêmio por "informações que levem à prisão e condenação" de Saeed é um dos maiores já oferecidos pelos EUA e iguala a recompensa oferecida pelo líder máximo do Taleban, mulá Omar. Apenas a captura de Ayman al-Zawahri, sucessor de Osama bin Laden na liderança da Al-Qaeda, garantiria um prêmio maior, no valor de US$ 25 milhões. As informações são da Associated Press.