Um tribunal dos Estados Unidos ordenou que o Twitter disponibilize detalhes das contas do WikiLeaks e de vários apoiadores como parte de uma investigação criminal sobre a divulgação de centenas de milhares de documentos confidenciais.
A intimação obtida pelo Departamento de Justiça dos EUA --datada de 14 de dezembro e publicada pela revista online Salon.com na sexta-feira-- disse que os registros procurados no site de microblogs são "relevantes para uma investigação criminal em curso".
O tribunal ordenou que o Twitter dê informações sobre a conta do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e de Bradley Manning, analista de inteligência do Exército norte-americano suspeito de vazar documentos do Pentágono levados a público pelo WikiLeaks no ano passado.
As informações pretendidas pelo governo incluem todos os registros de conexão e tempo da sessão, os endereços de IP usados para acessar o Twitter, e-mails e endereços residenciais, além de registros de faturas e detalhes de contas bancárias e cartões de crédito.
A intimação incluía as contas de apoiadores do WikiLeaks Jacob Appelbaum, Rop Gonggrijp e Birgitta Jonsdottir, um voluntário do WikiLeaks e ex-membro do Parlamento da Islândia.
"O Wikileaks condena veementemente esse assédio dos indivíduos pelo governo dos Estados Unidos" disse o advogado de Assange, Mark Stephens, em comunicado divulgado em Londres.
O governo dos EUA está examinando se as acusações criminais podem ser impostas contra Assange por ajudar a levar a público centenas de milhares de informações confidenciais diplomáticas dos EUA que têm envergonhado Washington e vários de seus aliados.
Stephens disse que três dos quatro indivíduos visados pelo Departamento de Justiça nunca trabalharam para WikiLeaks e que são cidadãos que o apoiaram voluntariamente como ativistas ou políticos.
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