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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, parabenizou nesta segunda-feira (5) o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, por sua reeleição, dando ênfase à necessidade de respeito aos direitos humanos e às garantias judiciais, questões criticadas por organizações internacionais desde a instauração do estado de exceção que reduziu drasticamente os índices de violência no país centro-americano.
"Parabenizo Nayib Bukele por sua vitória eleitoral como presidente de El Salvador. Os Estados Unidos elogiam o trabalho dos observadores eleitorais e esperam trabalhar com o presidente eleito", disse o chefe da diplomacia americana.
Blinken comentou que as prioridades dos EUA no relacionamento com El Salvador serão "boa governança, prosperidade econômica, garantias de julgamento justo e direitos humanos". O governo de Washington, segundo Blinken, valoriza o "forte relacionamento" com o povo de El Salvador, "construído ao longo de 160 anos com base em valores compartilhados, laços regionais e conexões familiares".
"Os acontecimentos em El Salvador têm um impacto direto nos interesses dos EUA no país e no exterior. Somente trabalhando juntos poderemos atingir nosso pleno potencial e superar os maiores obstáculos em nosso hemisfério e globalmente", afirmou Blinken.
Na noite deste domingo (4), Bukele se declarou o vencedor das eleições antes que os resultados fossem oficialmente divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por problemas técnicos.
Com 70,25% da apuração processada na contagem preliminar do órgão, Bukele soma 1.662.313 votos, seguido de longe pela Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN, de esquerda), com 139.025 votos, e pela Aliança Republicana Nacional (Arena, de direita), com 122.926 votos.
Esses resultados devem ser ratificados em uma apuração final com as atas físicas, processo que leva vários dias.
Se confirmado, Bukele se tornará o primeiro presidente de El Salvador a ser reeleito e a maioria no Congresso permitirá que ele continue sua guerra contra os grupos criminosos por meio de um regime de exceção, implementado em março de 2022. (Com Agência EFE)