Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira a Cuba que liberte um norte-americano detido em dezembro no aeroporto de Havana por suspeita de espionagem e subversão, alegando que ele está com a saúde frágil e ainda não recebeu acusação formal.

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Alan Gross, de 60 anos, trabalhava numa empresa dos arredores de Washington, contratada por um programa financiado pelos Estados Unidos para promover a democracia na ilha.

O regime comunista cubano diz que ele cometeu "crimes sérios" ao fornecer equipamentos de comunicações por satélite a dissidentes locais. As autoridades dos EUA dizem que ele entrou em Cuba com visto de turista e estava ajudando grupos judaicos a terem acesso à Internet.

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"Consideramos a prisão de Alan Gross ... um ato inaceitável. Ele não estava violando quaisquer leis e não foi indiciado até onde eu saiba", disse o secretário-assistente de Estado norte-americano, Arturo Valenzuela, numa entrevista coletiva durante visita a Trinidad e Tobago.

"Ele não está bem, perdeu 80 libras (36 quilos), faz mais de seis meses (que está preso) e estamos encorajando o governo cubano a soltá-lo", afirmou.

As autoridades cubanas dizem que o norte-americano tem direito a defesa jurídica, assistência consular e comunicação com a família.

Os Estados Unidos recentemente dirigiram cautelosos elogios ao governo de Cuba pela decisão, após mediação da Igreja Católica, de libertar 52 dos 75 dissidentes presos numa onda de repressão em 2003. Vinte deles já foram soltos e emigraram para a Espanha.

Mas o governo de Barack Obama deixou claro que os seus modestos esforços para melhorar as relações com Havana ficarão suspensos enquanto Gross permanecer detido.

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Neste mês, a secretária de Estado Hillary Clinton disse que Washington trabalha "a cada dia, por todos os canais" para obter a libertação de seu cidadão.

Alguns analistas especulam que Havana poderia tentar usá-lo numa barganha para libertar cinco cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem.