O governo dos Estados Unidos condenou nesta sexta-feira os "horrorosos" episódios de violência das últimas horas na Síria, especialmente na cidade de Homs, e pediu à Rússia e China que "assumam sua responsabilidade" pela repressão.
A Casa Branca e o Departamento de Estado expressaram sua indignação ante um novo dia sangrento na Síria, em que morreram pelo menos 61 pessoas, e ante os impedimentos de Damasco ao acesso do comboio de ajuda humanitária da Cruz Vermelha, que nesta sexta-feira não conseguiu chegar ao bairro de Baba Amr, reduto opositor ocupado pelas forças do regime.
"A brutalidade ocorrida na cidade de Homs nas últimas 24 a 48 horas é vergonhosa e horrorosa, e deve ser condenada por todas as nações do mundo", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, também classificou como "absolutamente horrorosa" a situação na cidade síria, que "lembra alguns dos atos mais bárbaros da história humana recente".
"Esperamos que a ajuda humanitária que o governo sírio promete deixar entrar em Homs possa começar a fluir para que a sofrida população possa ter um alívio", assinalou a porta-voz, em referência ao comboio da Cruz Vermelha, que teve de adiar sua entrada para sábado.
Nuland ressaltou que todos os países devem se somar à pressão contra o presidente Bashar al-Assad, "inclusive aqueles que ainda estão lhe dando apoio e lhe deram nesta semana no Conselho de Direitos Humanos da ONU", em referência à Rússia e China, que não aceitaram o repúdio do organismo à repressão síria.
"Eles também têm responsabilidade pela violência que ali ocorre", destacou a porta-voz, segundo quem os Estados Unidos receberam "melhores respostas" do ministro das Relações Exteriores da Rússia nas últimas 24 horas no que se refere à ajuda humanitária.
Na terça-feira passada, a ONU cifrou em mais de 7,5 mil o número de mortos na Síria desde que começaram os protestos da população, há um ano, reprimidos violentamente pelo regime.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião