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Após trocas de farpas esta semana entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, a respeito do apoio internacional ao Estado judeu na guerra contra o Hamas, os governos dos dois países, aliados históricos, voltaram a adotar tons diferentes nesta quinta-feira (14) sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, esteve em Israel e, segundo autoridades americanas ouvidas pelo jornal New York Times, aconselhou o governo israelense a encerrar a sua campanha terrestre em grande escala na Faixa de Gaza e a fazer uma transição para uma abordagem mais “direcionada”.
Segundo as fontes ouvidas pelo periódico americano, Sullivan não especificou um cronograma para isso, mas Biden quer que Israel mude para táticas “mais precisas” dentro de três semanas ou pouco além disso.
Por sua vez, Netanyahu disse a Sullivan que a guerra continuará até a “vitória absoluta” sobre o Hamas.
“Eu disse aos nossos amigos americanos que os nossos heroicos combatentes não morreram em vão. Devido à profunda dor pelas suas mortes, estamos mais determinados do que nunca a continuar a lutar até que o Hamas seja eliminado – até a vitória absoluta”, afirmou o premiê, em comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse a Sullivan que a guerra contra o Hamas “exigirá um período de tempo – durará mais do que vários meses”. O ministro justificou que o grupo terrorista “construiu infraestruturas subterrâneas e acima do solo e não é fácil destruí-las”.
No início da semana, Biden disse que Israel está “começando a perder apoio [internacional] com os bombardeios indiscriminados que estão ocorrendo” em Gaza, o que revoltou os israelenses.
Netanyahu declarou na quarta-feira (13) que Israel continuará “até o fim” (ou seja, a destruição do Hamas) mesmo “diante da pressão internacional”.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, fez declarações no mesmo sentido e disse que “Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional”.