O Governo dos Estados Unidos se mostrou nesta quarta-feira "profundamente preocupado" pelas denúncias de um novo ataque com armas químicas na Síria e pediu à ONU uma "investigação urgente" para a qual, segundo disse, o regime de Bashar al Assad deve permitir um acesso "sem restrições".

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O porta-voz adjunto da Casa Branca, Josh Earnest, expressou em comunicado a "profunda preocupação" do Governo de Barack Obama perante as denúncias de que pelo menos 1.300 pessoas morreram hoje supostamente por causa de ataque químico próximo a Damasco.

A opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou o ataque e culpou o regime de Assad, o que foi negado pelas autoridades sírias de maneira imediata.

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Os Estados Unidos não têm confirmação independente do ataque, mas estão "trabalhando em caráter de urgência para recopilar informação adicional" e entrando em contato com seus aliados na região, acrescentou.

"Hoje, pedimos formalmente que as Nações Unidas façam uma averiguação urgente sobre o ocorrido", indicou o porta-voz.

Earnest pediu que essa tarefa seja realizada pela equipe da ONU liderada pelo professor sueco Ake Sellström, que chegou à Síria no sábado com um mandato inicial de 14 dias e "está preparado para fazê-lo".

"Para que os esforços da ONU sejam críveis, devem ter um acesso imediato às testemunhas e indivíduos afetados, e ter a capacidade de examinar e recopilar provas físicas sem nenhuma interferência ou manipulação do Governo Sírio", ressaltou.

Os Estados Unidos pedirão que essa missão seja convocada na reunião urgente de hoje no Conselho de Segurança da ONU, e que haja um chamado ao Governo sírio a "proporcionar acesso imediato à equipe da ONU".

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"Se o Governo sírio não tem nada para ocultar e está verdadeiramente comprometido com uma investigação parcial e crível do uso de armas químicas na Síria, facilitará o acesso imediato e sem restrições da equipe da ONU a este lugar", indicou Earnest.

"Os Estados Unidos condenam categoricamente qualquer uso de armas químicas. Os responsáveis pelo uso dessas armas devem prestar contas", destacou Earnest.