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Veículos militares da coalizão apoiada pelos EUA contra o Estado Islâmico em operação para expulsar jihadistas na província de Deir Ezzor, 21 de fevereiro de 2019
Veículos militares da coalizão apoiada pelos EUA contra o Estado Islâmico em operação para expulsar jihadistas na província de Deir Ezzor, 21 de fevereiro de 2019| Foto: Delil Souleiman / AFP

Enquanto planeja a retirada de seus militares da Síria, os Estados Unidos pediram que Alemanha, Reino Unido e França enviem tropas de solo para a Síria. A Alemanha rejeitou o pedido; mas Reino Unido e França - os únicos aliados dos EUA que ainda têm tropas de solo na Síria - concordaram em enviar mais forças para a região, uma decisão vista como uma grande vitória para o presidente americano Donald Trump.

O porta-voz do governo alemão, Steffan Seibert, disse na segunda-feira (8) que a Alemanha não aumentaria a sua presença militar na Síria. Atualmente, as forças armadas alemãs fornecem jatos de reconhecimento, um avião de reabastecimento e outros tipos de assistência militar para o combate ao Estado Islâmico. O governo afirmou que está preparado apenas para assistência não-combativa.

O Reino Unido nunca revelou o número de forças especiais em operação na Síria, o número estimado é de "várias dúzias", segundo o jornal britânico Telegraph.

Autoridades dos EUA afirmaram que o Reino Unido e a França concordaram em contribuir com 10% a 15% a mais de soldados de elite, mas não revelaram o número exato e nem a data para o destacamento. Outros países também podem enviar números pequenos de militares em troca de pagamento dos EUA. A revista americana especializada Foreign Policy considerou a decisão dos aliados dos EUA de atender o pedido de Trump "uma grande vitória para a equipe de segurança nacional do presidente", mas ressalta que o pequeno aumento de tropas provavelmente não preencherá a lacuna deixada pelas tropas americanas que sairão do país.

Trump anunciou em dezembro de 2018 a retirada dos militares americanos na Síria, medida que levou ao pedido de demissão do então secretário de Defesa dos EUA, James Mattis. No entanto, Trump concordou mais tarde em deixar uma pequena presença militar americana no país.

Estima-se que a presença militar americana na Síria diminuiu de cerca de 2 mil soldados para 400, que permanecem como uma força de negociação de paz.

A Itália deve decidir em breve se enviará tropas adicionais para a região, assim como alguns países dos Bálcãs, uma fonte disse ao Foreign Policy.

Embora o Estado Islâmico tenha perdido todo o território que já comandou no passado, especialistas temem que o grupo terrorista ressurja ainda mais forte após a retirada das tropas americanas sem um comprometimento por parte dos aliados de preencher o vazio deixado pelos EUA, já que os muitos combatentes que foram para o norte da Síria e Iraque podem aproveitar a oportunidade para se reagrupar.

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