Um grupo inspirado na Al-Qaeda prometeu lutar contra o general desertor da Líbia que está liderando uma ofensiva contra islamitas. Mohammed al-Zahawi, líder do grupo Ansar al-Shariah, acusou o general de ser um agente norte-americano.
O Departamento de Estado dos EUA recomendou que os norte-americanos deixem imediatamente a Líbia e alertou os cidadãos para não viajarem ao país. Em comunicado, o departamento disse que a situação líbia "permanece imprevisível e instável" e lembrou que muitos grupos pediram por ataques contra cidadãos e interesses norte-americanos na Líbia.
Membros do Departamento de Defesa dos EUA também anunciaram, ontem, que o navio de guerra USS Bataan se movimentou no Mar do Mediterrâneo e que pode ser usado, se necessário, para alguma possível evacuação de norte-americanos da Líbia.
Al-Zahawi prometeu, em coletiva de imprensa televisionada, que o seu grupo irá combater a operação comandada pelo general Khalifa Hifter, cujo objetivo é eliminar milícias islamitas e seus respectivos apoiadores políticos. A operação começou há mais de 10 dias.
Hifter ganhou o apoio de políticos, diplomatas, unidades do Exército e tribos que confiam no general para impor ordem na Líbia, em meio a várias milícias rebeldes três anos após a morte do ditador Muamar Kadafi.
O líder do Ansar al-Shariah alertou que a operação poderá abrir as "portas do inferno" para um conflito similar à guerra civil da Síria. Al-Zahawi disse que se os EUA apoiarem Hifter eles sofrerão uma "vergonhosa derrota".
Acredita-se que o grupo Ansar al-Shariah participou do ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, em 11 de setembro de 2012 quando o embaixador dos EUA para a Líbia e três outros funcionários morreram.