As autoridades sanitárias dos Estados Unidos pediram esta quinta-feira às pessoas com tuberculose latente que façam um tratamento de 12 semanas como alternativa eficaz ao regime de nove meses que muitos pacientes não concluem.

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Entre aqueles que poderiam se beneficiar de um tratamento mais curto estão os maiores de 12 anos que tiveram exame positivo para a tuberculose ou que estiveram expostos à doença, mas não têm sintomas, informaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

No ano passado, 8,8 milhões de pessoas em todo o mundo contraíram esta doença pulmonar contagiosa e 1,4 milhão morreram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Três testes clínicos aleatórios mostraram que um novo tratamento de fármacos combinados, que inclui isoniazida (INH) e rifapentina (RPT), administrado semanalmente sob a supervisão de um médico, "é tão eficaz para a prevenção da tuberculose quanto outros tratamentos", informou o CDC.

O método mais curto "é mais provável que se complete em comparação com o regime padrão americano de nove meses de INH diários" sem supervisão de um médico, acrescentou o CDC em seu relatório semanal de morbidade.

De 5% a 10% das pessoas que contraem a infecção por 'Mycobacterium tuberculosis' desenvolvem tuberculose, no geral após um período de 6 a 18 meses quando a infecção fica latente, mas a doença pode durar décadas em algumas pessoas.

A isoniazida (INH) é o único fármaco aprovado pela FDA, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, para o tratamento preventivo da tuberculose latente.

Nos casos em que se acredita que a tuberculose seja de uma cepa resistente aos medicamentos, os pacientes recebem diariamente rifampicina (RIF) durante quatro meses.

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O novo tratamento mais curto combina um antibiótico similar à RIF, conhecido como rifapentina (RPT), que funciona como um microbicida contra a tuberculose e é aprovado pela FDA.