O chefe da iniciativa federal de recuperação disse neste domingo que o prefeito de Nova Orleans está agindo com muita pressa e que as pessoas devem adiar sua volta à cidade destruída pelo furacão Katrina. O vice-administrador da Guarda Costeira, Thad Allen, que vai se encontrar com o prefeito Ray Nagin nesta segunda-feira, disse que será "direto" ao dar o conselho.
- Eu acredito ser capaz de dar conselhos muito bons - disse Allen ao programa "Fox News Sunday". - Eu falei nas 24 horas passadas com o chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) e com o diretor do Centro de Controle de Doenças, e nosso conselho coletivo é que vá mais devagar e adote uma estratégia mais moderada.
Ele disse que as autoridades federais acreditam que há questões significantes de saúde e segurança envolvendo a qualidade da água, concentrações das bactérias E.coli e de coliformes fecais, além do conserto das barragens. Ele questionou a decisão de permitir que dezenas de milhares de pessoal voltem quando ainda há problemas como os danos na barragem ou a possibilidade da passagem de outro furacão.
- Se você trouxer uma quantidade significativa de pessoas a Nova Orleans, você vai precisar de um plano de retirada sobre como vai fazer isso - disse ele.
Alguns comerciantes já voltaram para a cidade, como o dono de restaurante Sal Sunseri.Do lado de dentro, ele e seu irmão e sócio Al usavam máscaras para despejar as cerca de 40 mil libras de ostras apodrecidas em uma caçamba de lixo. As ostras começaram a apodrecer logo depois do furacão Katrina devastar Nova Orleans.
Segundo Sunseri, as perdas imediatas totalizam US$ 45 mil, mas, a longo prazo, o custo para a P&J Oyster Company, uma empresa familiar de 129 anos, será muito maior porque o Katrina destruiu grande parte da área de cultivo nas baías e lagos do Estado de Louisiana.
- Está tudo devastado. A recuperação pode levar dois anos - disse Sunseri, que também teve a casa destruída na tempestade.
No momento, os irmãos têm pouco ou nenhum trabalho para os seus 25 funcionários, e nem sabem se eles conseguiram escapar da inundação.
À medida que Nova Orleans recupera lentamente suas centenas de mortos, tenta reunir famílias espalhadas pelo país e avalia o trabalho de reconstrução, os empresários estão voltando ao famoso Quarteirao Francês para reiniciar seus negócios.
Alguns têm boa chance de recuperação rápida, enquanto outros enfrentam uma longa jornada, mesmo numa área que sofreu muito menos do que o resto da cidade.
A recuperação é mais fácil para bares e clubes, porque podem simplesmente se abastecer com álcool e dançarinas. Embora possa levar meses para o retorno macio de turistas, esses negócios vão encontrar clientes entre os milhares de soldados, policiais, funcionários de agências federais e equipes de reconstrução que tomaram a cidade. Alguns bares e clubes vão abrir já nesta segunda-feira com shows de topless.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais