As forças norte-americanas estacionadas no Iraque tiveram na quarta-feira um de seus piores dias, tendo sofrido 11 baixas.
Nesse mesmo dia, um painel formado por importantes políticos dos EUA recomendou a intensificação dos programas de treinamento das forças iraquianas a fim de que os militares norte-americanos possam se retirar do país.
Ao confirmar as 11 mortes, o tenente-coronel Christopher Garver, porta-voz das Forças Armadas dos EUA, disse, na quinta-feira, que cinco dos soldados tinham sido mortos na explosão de uma bomba na Província de Kirkuk. Não foram divulgados detalhes sobre as outras seis mortes.
As baixas elevaram para 30 o total de militares norte-americanos mortos no Iraque desde o começo do mês e chamaram atenção para o custo em vidas humanas da presença dos EUA no Iraque, onde a atual onda de violência mata um grande número de pessoas todos os dias.
A insurgência sunita contra as forças norte-americanas não dá sinais de enfraquecimento.
Cerca de 2.920 soldados dos EUA foram mortos desde que as tropas lideradas pelo país invadiram o Iraque, em 2003. Outubro passado foi o pior mês para os norte-americanos em quase dois anos - 106 membros das Forças Armadas dos EUA morreram.
Em um relatório bastante aguardado, o Grupo de Estudo do Iraque, uma entidade formada por membros do Partido Republicano e do Partido Democrata, pediu que os militares intensificassem seus esforços de treinamento, ampliando o número de soldados envolvidos na tarefa.
O grupo passou nove meses avaliando alternativas à atual política norte-americana para o Iraque.
``A maior missão das forças dos EUA no Iraque deveria passar a ser a de apoio ao Exército iraquiano, o que suplantaria a responsabilidade pelas missões de combate'', disse o documento.
O Grupo de Estudo do Iraque também sugeriu que o governo norte-americano reduza o apoio político, militar e econômico ao país caso o governo iraquiano não consiga realizar avanços nas questões de segurança e reconciliação.
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