Estátua de Vladimir Lenin. antigo líder da ex-União Soviética, é vista na frente do gabinete do prefeito de Slaviansk, ao lado das bandeiras da Rússia e da região Donetsk, onde manifestantes pró-Rússia invadiram prédios públicos| Foto: REUTERS / Gleb Garanich

O aumento da violência na Ucrânia, onde manifestantes pró-Rússia desafiaram o ultimato dado pelo governo e invadiram mais prédios públicos no Leste do país, fez com que os Estados Unidos comecem a considerar o fornecimento de armas às forças de segurança. O anúncio veio depois de cerca de cem ativistas atacarem a sede do Ministério do Interior na cidade de Horlivka, na mesma região de Donetsk onde se mantém uma queda de braço contra o governo.

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A sequência de invasões, iniciadas no domingo (13), levou ao aumento da pressão sobre a Rússia. Mais cedo, o governo alemão afirmou que existem muitos sinais de um apoio de Moscou aos grupos armados que operam na Ucrânia e o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, também acusou a Rússia e pediu que a União Europeia adote mais sanções.

Questionado durante uma viagem a Berlim se os Estados Unidos poderiam fornecer ajuda militar ao país, o diplomata Thomas Shannon revelou: "Obviamente estamos vendo isso como uma opção, mas neste momento não posso antecipar se vamos ou não fazer isso".

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O senador republicano John McCain sugeriu fornecer armas para o governo da Ucrânia, que defende que que as ocupações dos edifícios fazem parte de um plano liderado pela Rússia para desmembrar o país.

"Do nosso ponto de vista, o que estamos vendo em uma série de cidades imita o que nós vimos na Crimeia. Tanto em termos de tática quanto em no número de pessoas envolvidas", disse Shannon. "Do nosso ponto de vista, há uma mãozinha da Rússia muito clara em tudo isso e consideramos as ações desestabilizadoras e perigosas."

Por sua vez, o chanceler russo, Sergei Lavrov, rejeitou as acusações ocidentais e afirmou que a situação poderia melhorar se Kiev levasse em conta os interesses das regiões de língua russa.