Os Estados Unidos não estão no Afeganistão para "governar", mas permanecerão no país além do programado, que é 2014, se os afegãos quiserem, disse o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, em visita ao país nesta terça-feira.
Tentando tranquilizar o líder afegão, que já acusou o governo dos EUA de intromissão, Biden afirmou que os afegãos são capazes de levantar suas próprias instituições e que os EUA não estão no país para construir a nação.
"Nós não sairemos se vocês não quiserem. Planejamos continuar a trabalhar com vocês e isso é do interesse mútuo de ambas as nações", afirmou.
A visita é a primeira viagem de Biden ao Afeganistão como vice-presidente. Ele já criticou Karzai abertamente no passado, questionando a credibilidade do líder como parceiro e o acusando de fazer pouco para combater a corrupção.
Um funcionário sênior do governo norte-americano afirmou que os encontros entre os dois líderes foram bem-sucedidos.
"O tom foi excelente, uma reunião produtiva e positiva e meu entendimento é de que o mesmo é verdade para eles", disse o funcionário.
A visita ocorre após o ano mais violento em quase uma década de guerra no Afeganistão. A violência atinge seu pior nível desde que as forças afegãs lideradas pelos EUA derrubaram o Taleban no final de 2011 depois dos ataques de setembro de 2001 nos EUA.
"Não é nossa intenção governar ou construir a nação. Isso é responsabilidade do povo afegão e eles são totalmente capazes disso", disse Biden num comunicado à imprensa depois de se reunir e almoçar com Karzai.
Uma revisão da guerra feita pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em dezembro afirmou que "ganhos operacionais notáveis" foram feitos e que a força do Taleban foi contida em boa parte do país e revertida em algumas áreas, mas que qualquer ganho era frágil e reversível.
A revisão também disse que os EUA estavam em vias de começar a retirar gradualmente suas tropas em julho. Os EUA têm cerca de 97 mil soldados em um total de 150 mil soldados estrangeiros no país.
A redução é parte de um ambicioso plano apoiado pela Otan para que os afegãos assumam a segurança em todo o país em 2014.
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