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O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA Donald Trump após debate com a vice-presidente, Kamala Harris, na Pensilvânia.
O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA Donald Trump após debate com a vice-presidente, Kamala Harris, na Pensilvânia.| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO

O jornal americano Washington Post revelou nesta quinta-feira (12) que o Departamento de Estado americano e o FBI estão preparando uma série de acusações criminais contra o regime do Irã em resposta ao ataque cibernético que resultou na coleta de dados confidenciais da campanha de Donald Trump.

Fontes familiarizadas com o assunto contaram ao jornal que o caso está diretamente relacionado a uma investigação do FBI, aberta no mês passado, que culpa Teerã por tentar influenciar a eleição presidencial dos EUA deste ano.

"O Irã está fazendo um esforço maior para influenciar a eleição deste ano do que em ciclos eleitorais anteriores e essa atividade iraniana está se tornando cada vez mais agressiva à medida que esta eleição se aproxima”, disse o procurador-geral assistente Matthew Olsen, principal oficial de segurança nacional do Departamento de Justiça, em uma declaração nesta quinta-feira, em Nova York.

Olsen acrescentou que esse interesse maior do Irã no pleito deste ano está relacionado ao impacto que o resultado terá nos "interesses de segurança nacional do país, aumentando a inclinação de Teerã para tentar moldar o resultado”, disse.

A campanha de Trump informou no mês passado que havia sofrido um ataque hacker e que atores iranianos haviam roubado e distribuído documentos confidenciais. Ao menos três grandes jornais tiveram acesso às informações secretas: o jornal Politico, New York Times e Washington Post.

O Politico afirmou que começou a receber e-mails com os documentos roubados de uma conta anônima identificada apenas como "Robert" em 22 de julho. O conteúdo era um dossiê de pesquisa que a campanha do republicano supostamente havia feito sobre o candidato republicano à vice-presidência, o senador de Ohio JD Vance.

O documento, segundo o jornal, era de 23 de fevereiro, meses antes de Trump anunciar Vance como seu companheiro de chapa.

Segundo o governo dos EUA, o Irã também foi responsabilizado por tentar fazer o mesmo processo com a campanha do então candidato democrata Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, que agora concorre com Trump.

O foco das investigações é a troca de e-mails com os jornais. As autoridades americanas que investigam o caso determinaram que uma ou mais pessoas, se passando por "Robert", estavam agindo em nome do regime iraniano ao oferecer arquivos confidenciais supostamente roubados de assessores de Trump.

As fontes consultadas pelo Post, que falaram sob a condição de anonimato, revelaram que, entre os alvos da ação estava a conselheira Susie Wiles, uma das principais assessoras da campanha presidencial de Trump. Além dela, conselheiros de campanha também tiveram informações roubadas.

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