Os Estados Unidos começam a preparar uma ofensiva terrestre no Noroeste da Síria com a intenção de aumentar a pressão sobre a cidade de Raqqa, a capital do autoproclamado califado do Estado Islâmico (EI). A informação foi dada pelo “New York Times”, citando fontes do governo americano.
Pela primeira vez o presidente Barack Obama ordenou que o Pentágono a providencie diretamente armas e munições para a oposição síria, e defendeu uma intensificação dos ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pelos EUA sobre o território do país.
As medidas têm por objetivo armar de três mil a cinco mil combatentes árabes, que se juntariam a mais de 20 mil soldados curdos numa ofensiva apoiada por ataques aéreos nos arredores de Raqqa. Além disso, aumentaria a presença da oposição na fronteira da Turquia com a Síria, numa tentativa de cortar as linhas de abastecimento do Estado Islâmico.
Os EUA lançariam seus ataques a partir da base turca de Incirlik, e, segundo o secretário de Estado, John Kerry, contaria com a apoio de parceiros como França, Canadá e Austrália.
“Com a base na Turquia, teremos a capacidade de aumentar a intensidade dos ataques e nos concentrarmos em pontos-chave do país”, afirmou o general Lloyd J. Austin, comandante das forças americanas no Oriente Médio. “Isso certamente terá repercussões no Iraque”.
Otan duvida que Rússia tenha entrado por engano no espaço aéreo turco
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (6) duvidar da explicação do governo russo de que foi por erro que violou no fim de semana o espaço aéreo da Turquia, país membro da Otan, perto da Síria, e fez um chamado à Rússia para que não repita essas incursões.D
Leia a matéria completaDe acordo com Washington, a ideia não é realizar uma ofensiva para tomar Raqqa, mas sim isolá-la das rotas de abastecimento ao norte. O uso de soldados árabes também teria o objetivo de aliviar os temores da Turquia, que demonstrou preocupações com o papel desempenhado pelas minorias curdas no combate ao grupo jihadista e o aumento de sua influência na região. Há décadas a Turquia enfrenta uma insurgência curda em seu próprio território.
O plano, elaborado antes da intervenção direta russa no conflito na semana passada, não foi discutido com o Kremlin, mas os EUA têm insistido que sua campanha contra o Estado Islâmico não será afetada pelos ataques aéreos russos.
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