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Regime islâmico

EUA preparam com aliados sanções contra o Irã por ataque a Israel

A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen (Foto: EFE/ Isaac Fontana)

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A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, anunciou nesta terça-feira (16) que os Estados Unidos e seus aliados irão sancionar o Irã "nos próximos dias" pelo ataque lançado contra Israel no sábado (13).

"Tomaremos medidas adicionais contra o Irã nos próximos dias", disse Yellen em uma coletiva de imprensa à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que acontecem esta semana em Washington.

Yellen destacou que aproveitará estas reuniões, nas quais participarão ministros da Economia e das Finanças de quase todo o mundo, para coordenar uma nova rodada de sanções contra o Irã.

“Nunca damos detalhes das sanções antes de anunciá-las. Mas nas conversas que tive, todas as opções para impedir o financiamento do terrorismo ao Irã permanecem em cima da mesa”, comentou.

A chefe do Tesouro não ofereceu detalhes sobre quais sanções os EUA e seus aliados irão impor ao Irã; mas, quando questionada pela imprensa, mencionou a possibilidade de aumentar os controles para evitar que Teerã contorne as sanções americanas que já pesavam sobre seu setor petrolífero.

"O Irã continua exportando algum petróleo. É possível que algo mais possa ser feito. Não quero dizer nada sobre as sanções que poderíamos impor, mas, sem dúvida, essa é uma das áreas que poderíamos abordar", declarou.

Em 2018, durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos voltaram a castigar o setor petrolífero do Irã e, desde então, o Executivo do seu sucessor, Joe Biden, tem tentado fazer cumprir essas restrições impondo sanções a empresas de diferentes países que ajudam Teerã a exportar petróleo.

Apesar destes esforços, o Irão continua conseguindo escapar às sanções dos EUA para exportar petróleo, e a China é um dos seus principais clientes.

Segundo autoridades americanas, o G7 está considerando impor mais sanções ao Irão e designar a Guarda Revolucionária Iraniana como um grupo terrorista.

Vários países já designaram como terrorista a Guarda Revolucionária, um braço das Forças Armadas iranianas criado após a Revolução Islâmica de 1979.

Em 2019, os Estados Unidos incluíram a Guarda Revolucionária na lista de grupos terroristas, enquanto o governo do Canadá afirmou em janeiro deste ano que estava estudando formas de incluir a Guarda Revolucionária na sua lista de organizações terroristas.

Por seu lado, a União Europeia (UE) estuda atualmente novas sanções contra o Irã para conter os seus programas de drones e mísseis, conforme anunciou domingo (14) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Estes esforços dos EUA e dos seus aliados para promover novas sanções contra o Irã surgem no momento em que vários países ocidentais instam Israel a mostrar moderação e a evitar uma resposta militar forte ao ataque do Irã, sob o risco de desencadear uma guerra em grande escala no Oriente Médio.

As reuniões de primavera do BM e do FMI que ocorrerão nesta semana em Washington reunirão os principais ministros da Economia do mundo.

Além disso, paralelamente a estes eventos, estão previstas reuniões dos ministros do G20 e também do G24, grupo que reúne países em desenvolvimento, incluindo o Irã. (Com Agência EFE)

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