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O Departamento de Justiça dos EUA anunciou, nesta quinta-feira (23), várias prisões e acusações em diferentes estados do país contra oligarcas russos, dois dias antes do segundo aniversário da invasão russa à Ucrânia.
O governo dos Estados Unidos "está mais comprometido do que nunca em conter o fluxo de recursos ilegais que alimenta a guerra do (presidente russo Vladimir) Putin e em responsabilizar aqueles que tornam isso possível", disse o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, em comunicado.
Entre as ações anunciadas pela pasta está a prisão de dois comparsas americanos do oligarca russo Andrey Kostin, presidente do banco estatal VTB, em Nova York, bem como novas acusações contra o próprio Kostin por tentativa de violar as sanções dos EUA.
As autoridades da Flórida também acusaram o oligarca ucraniano pró-russo Sergey Vitalievich Kurchenko de burlar as sanções ao fazer negócios nos EUA avaliadas em cerca de US$ 330 milhões (R$ 1,6 bilhão), e pediram a apreensão de dois apartamentos de luxo de propriedade de outro oligarca, Victor Perevalov.
Além disso, na Geórgia, um cidadão russo se declarou culpado no início deste mês de lavagem de US$ 150 milhões (R$ 744 milhões) de clientes russos.
Por fim, Vladislav Osipov, um cidadão russo-suíço que já foi acusado de tentar burlar as sanções dos EUA, foi indiciado no Distrito de Columbia por fraude bancária.
O anúncio do Departamento de Justiça ocorre um dia antes de a Casa Branca revelar um novo pacote de sanções em retaliação à morte do líder opositor russo Alexey Navalny na prisão, pela qual o presidente dos EUA, Joe Biden, culpou Vladimir Putin.