1,5 milhão é a escala de ardência da Carolina Reaper, a pimenta mais picante do mundo. Ela é 300 vezes mais picante que japaleño, que é considerada bastante forte.
O produtor da pimenta mais ardida do mundo não é um mexicano, mas um americano da Carolina do Sul, cuja Carolina Reaper acaba de entrar para o Guinness, o livro dos recordes.
"Esta pimenta é 300 vezes mais picante que o jalapeño. Ela tem mil unidades na escala de ardência e a Carolina Reaper tem 1,5 milhão", diz Ed Currie, o orgulhoso dono do recorde mundial. A pimenta, chamada na América Latina e nos Estados Unidos de chili, é parte da dieta no continente americano desde 7.500 anos antes de Cristo.
Em 26 de dezembro de 2013, o Livro dos Recordes Guinness registrou a Carolina Reaper como o mais picante da Terra. Para demonstrá-lo, Currie fez uma campanha de mais de quatro anos e que custou US$ 12 mil em testes. O nível de ardência foi certificado por estudantes da Universidade de Winthrop, que testam diversos alimentos como parte de seus experimentos científicos.
Escala
O Guinness explicou que a escala de unidades de Scoville (SHU) é um método de quantificação de uma substância picante por meio da determinação da concentração dos compostos químicos responsáveis da sensação, chamados capsaicinóides.
Currie esteve interessado nesta fruta picante durante toda sua vida e desde que provou um chili doce do Caribe, há cerca de 10 anos, se decidiu a criar a pimenta mais picante do planeta.
O talo da Carolina Reaper parece a cauda de um escorpião e no outro extremo está a fruta vermelha, cuja concentração de ardor é quase a mesma que a maioria dos sprays de pimenta utilizados pela polícia americana. "Muita gente se sente mal depois de prová-la; é extremamente picante, para quem nunca provou é uma experiência totalmente nova", conta o produtor. Isso porque é uma mistura das pimentas Naga e Havaneros.
A imigração latina nos EUA gerou um maior interesse pelo chili na dieta americana. De 2010 a 2012, a menção da palavra "picante" nos menus de fast-food disparou 15% e agora chegou a 17%, de acordo com a empresa de consultoria da indústria alimentícia Technomic.