• Carregando...
O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, durante reunião do governo de transição, no ano passado
O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, durante reunião do governo de transição, no ano passado| Foto: EFE/Edwin Bercian

Os Estados Unidos sancionaram nesta quarta-feira (17) o ex-presidente da Guatemala Alejandro Giammattei, que deixou o cargo nos últimos dias, o proibindo de entrar em seu território, e o acusaram de ter participado de esquemas de corrupção durante seu mandato.

Em um comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que o governo americano tem "informações confiáveis" que indicam que o ex-presidente guatemalteco "aceitou propinas em troca do desempenho de suas funções públicas" durante a gestão, que terminou no último domingo (14) com a posse de Bernardo Arévalo de León.

As ações de Giammattei, segundo Miller, minaram o estado de Direito e a transparência do governo na Guatemala. "Os Estados Unidos deixaram claro que apoiam os guatemaltecos que buscam responsabilizar os representantes corruptos", afirmou.

A ação desta quarta, segundo o Departamento de Estado, também proíbe que os filhos do ex-presidente entrem em solo americano. A decisão de sancionar o ex-líder guatemalteco ocorreu poucos dias após a posse de Arevalo, que obteve sua vitória com base em uma campanha anticorrupção.

A transferência de poder na Guatemala e as últimas eleições, no ano passado, foram marcadas por tentativas do Ministério Público e da antiga composição do Congresso de obstruir a chegada do novo governo.

Por outro lado, Giammattei foi empossado como deputado do Parlamento Centro-Americano (Parlacen) para o período de 2024-2028, o que significa que ele mantém imunidade no caso de qualquer acusação judicial contra ele.

Giammattei e o ex-vice-presidente Guillermo Castillo foram empossados no Parlacen por teleconferência na terça-feira (16).

Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA decidiu nesta quarta-feira (17) impor uma sanção econômica ao ex-ministro da Energia da Guatemala, Alberto Pimentel, que fez parte do gabinete de Giammattei até julho do ano passado.

Os EUA também acusaram Pimentel de receber propinas enquanto estava no cargo, especificamente em troca de contratos e licenças de mineração e energia no país. Desde 2021, os EUA impuseram sanções por corrupção a mais de 400 pessoas e entidades guatemaltecas, incluindo a procuradora-geral, Consuelo Porras. (Com Agência EFE) 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]