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O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (9) a imposição de restrições de visto ao ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017) e ao seu ex-vice-presidente Jorge Glas, bem como membros diretos de suas famílias, devido ao envolvimento de ambos em esquemas de corrupção durante seus mandatos à frente do governo do Equador.
De acordo com um comunicado do Departamento de Estado americano, “Correa e Glas abusaram de suas posições como ex-presidente do Equador e ex-vice-presidente do Equador, respectivamente, ao aceitarem subornos, incluindo por meio de contribuições políticas, em troca da concessão de contratos governamentais favoráveis”.
Este é um ato significativo, já que marca uma ação direta do governo dos EUA contra figuras políticas de destaque internacional que, segundo as autoridades americanas, comprometeram a “transparência e a integridade governamental” de seus países.
“Os Estados Unidos estão ao lado dos equatorianos, incluindo membros da sociedade civil, das forças de segurança e jornalistas investigativos, comprometidos em aumentar a transparência do governo e responsabilizar os funcionários públicos corruptos. As disposições anticorrupção, incluindo nos contratos de compras governamentais, ajudam a garantir que o governo atenda às necessidades de seus cidadãos. Essa designação também reafirma nosso compromisso em combater a corrupção global, incluindo nos mais altos níveis do governo”, disse o comunicado do Departamento de Estado.
Além de Correa e Glas, o governo dos Estados Unidos também proibiu de entrarem no país familiares diretos de Correa, incluindo sua esposa, Anne Malherbe Gosselin, suas filhas adultas, Sofia Correa e Anne Dominique Correa, e seu filho, Rafael Miguel Correa. Da mesma forma, a esposa de Glas, Cinthia Diaz Aveiga, e seu filho, Jorge Glas Diaz.
A ação do Departamento de Estado se baseia na Seção 7031(c) da Lei de Apropriações para o Departamento de Estado, Operações Estrangeiras e Programas Relacionados de 2024.