Os Estados Unidos expressaram nessa terça-feira (25) disposição de manter as linhas de comunicação "abertas" com o novo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que retorna ao antigo posto em substituição a Qin Gang, demitido após ficar afastado de eventos públicos por um mês.
O ditador e secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, assinou uma ordem para dar efeito ao afastamento na manhã de ontem. Wang ocupou o cargo de 2013 a 2022, atuando nos últimos meses como chefe do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Partido Comunista. Ele e se reuniu várias vezes com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
"Continuaremos em contato com o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, e com outras autoridades do governo chinês. É muito importante manter as linhas de comunicação abertas para administrar nosso relacionamento de forma responsável", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, em uma entrevista coletiva.
Patel lembrou que Blinken e Wang se reuniram várias vezes, mais recentemente em Jacarta, há duas semanas, e em Pequim, no mês passado.
O porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores dos EUA não quis especular se a mudança de liderança no Ministério das Relações Exteriores da China está relacionada à tentativa de aproximar os dois países, fato que se concretizou com a recente viagem de Blinken ao país asiático.
O Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPC) aprovou em uma reunião incomum a demissão de Qin e o retorno de Wang Yi como ministro das Relações Exteriores, informou a agência de notícias estatal "Xinhua" em um breve comunicado.
A última aparição pública de alto nível de Qin ocorreu em 25 de junho, quando ele se reuniu com Blinken em Pequim, em um momento em que os dois lados tentavam recuperar a comunicação para evitar novos conflitos.
Qin participaria da última cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Indonésia, à qual Pequim disse que ele não compareceu "por motivos de saúde".
O ex-ministro também não participou de reuniões em Pequim com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e com o enviado especial da Casa Branca para mudanças climáticas John Kerry, que foi recebido por Wang Yi.
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