A principal autoridade militar dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, reiterou nesta quarta-feira (17) o compromisso do seu país com a soberania do Paquistão, que se queixa da recente onda de bombardeios norte-americanos contra militantes em território paquistanês.
Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, admitiu neste mês que as forças ocidentais não parecem estar vencendo a guerra no Afeganistão, e que por isso seria necessário "buscar uma estratégia nova, mais abrangente", que incluísse também ações nas áreas tribais no lado paquistanês da fronteira, onde militantes da Al Qaeda e Taliban estariam se refugiando.
O novo governo paquistanês promete apoio aos EUA no combate aos militantes islâmicos, mas se opõem às incursões e protestou contra um sangrento bombardeio norte-americano neste mês na região do Waziristão do Sul. Desde o início de setembro houve cinco ataques de mísseis dos EUA, resultando na morte de civis e militantes no Paquistão.
Em conversa com o comandante do Exército paquistanês, general Ashfaq Kayani, e com o primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani, Mullen elogiou o papel positivo do Paquistão não guerra ao terrorismo e prometeu apoio dos EUA, segundo nota divulgada pela embaixada norte-americana em Islamabad.
"O almirante Mullen reiterou o compromisso em respeitar a soberania paquistanesa e em desenvolver mais a cooperação e a coordenação entre EUA e Paquistão", disse a embaixada.
Em parte graças à tensão diplomática (mas também devido à crise financeira global), a rúpia paquistanesa atingiu a sua menor cotação na história, 77,30 por dólar, e a Bolsa também caiu.