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George Floyd

EUA enfrentam nova onda de protestos e 40 cidades adotam toque de recolher

Manifestantes marcham na região do Capitólio em Washington, capital dos EUA, em protesto contra a morte de George Floyd, homem negro que morreu sob custódia policial, 29 de maio de 2020 (Foto: Eric BARADAT / AFP)

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Os Estados Unidos enfrentam neste domingo (31) o sexto dia de protestos após o assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco na cidade de Minneapolis. Os atos afetaram o funcionamento de grandes redes de lojas e de pequenos comerciantes em diversas cidades americanas e pelo menos 40 cidades decretaram ou prolongaram toque de recolher.

Segundo o jornal New York Times, pelo menos cinco pessoas morreram desde o início dos atos. Centenas de pessoas já foram detidas em várias cidades que registraram protestos. Os protestos têm sido acompanhados de depredação e vandalismo, o que levou dezenas de cidades a pedirem ajuda da Guarda Nacional.

Na tarde deste domingo (31), a maioria dos atos aconteciam de forma pacífica em todo o país. Em Washington, centenas de manifestantes se reuniram em frente à Casa Branca por volta das 20 horas (horário de Brasília). A situação ficou tensa e a polícia foi chamada para evitar que os manifestantes ultrapassassem as barreiras de contenção. A cidade tem toque de recolher às 23h (0h no horário de Brasília).

As cidades de Minneapolis, onde ocorreu a morte de Floyd, Los Angeles, Boston, São Francisco, Filadélfia , Chicago, Miami e Atlanta têm toque de recolher por causa da onda de protestos.

Milhares de agentes adicionais da Guarda Nacional foram enviados a Minneapolis, no estado de Minnesota, e tropas do Exército estavam de prontidão. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ofereceu soldados e agentes de inteligência para pôr fim aos protestos, disse que as autoridades em Minnesota têm de ser mais duras com os manifestantes. Trump tem realizado consultas às lideranças de Segurança, entre elas o secretário de Defesa Mark Esper, desde que a morte de Floyd levou a protestos em diferentes cidades dos EUA.

Neste domingo (31), grandes companhias como Target, CVS, Apple e Walmart anunciaram que estão fechando temporariamente suas lojas por motivos de segurança, já que algumas de suas unidades já foram incendiadas e depredadas. A Amazon disse que vai alterar ou até suspender entregas de mercadorias em cidades diversas, incluindo Chicago, Los Angeles, Seattle e Minneapolis.

Trump atribui a onda violência a manifestantes da "extrema-esquerda" e ligados a grupos antifascismo, os quais serão vistos pelo governo como "organizações terroristas", segundo escreveu o político republicano em sua conta no Twitter.

Entre os conteúdos que tem publicado para criticar os manifestantes, Trump tuitou o vídeo de um homem, dono de um pequeno comércio, que foi espancado por supostos militantes ao tentar impedir que sua loja fosse depredada.

Na noite de sábado para domingo, centenas de pessoas foram presas por todo o país, muitas em confronto com as polícias locais. Em Nova York, a polícia local informou que 47 viaturas foram vandalizadas, algumas foram incendiadas.

Também há protestos em outros países da Europa e no Canadá. O Brasil também registrou um ato, no Rio de Janeiro, neste domingo (31).

Nem a prisão e a acusação formal do policial pela morte de Floyd conseguiram conter os ânimos. Nesta sexta (29), o policial Derek Chauvin foi preso e acusado de homicídio culposo, que pode levar a uma pena de até 25 anos de prisão. No vídeo de 10 minutos, gravado por uma testemunha, ele passa pelo menos sete com o joelho no pescoço de Floyd, mesmo após ele dizer que não conseguia respirar. O policial, de 44 anos, foi demitido no dia seguinte - juntamente como outros três colegas que participaram da ação.

Segundo a CNN americana, protestos foram registrados em ao menos 30 cidades. Entre elas, Nova York, Washington, Oakland, Houston, Atlanta, Kansas, Detroit, Las Vegas, Denver, San José e Memphis, Boston, Phoenix, Fort Wayne, Lincoln, Milwaukee e Chicago.

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