Washington exortou nesta segunda-feira a Coréia do Norte a deixar de fazer exigências na ajuda energética que receberia em troca de abandonar suas ambições nucleares, enquanto enviados lutam para fechar um acordo nas negociações entre seis países.

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Representantes das Coréias do Norte e do Sul, dos Estados Unidos, da Rússia, do Japão e China concordaram com a maior parte do plano que obrigaria Pyongyang a fechar suas instalações nucleares em troca de garantias econômicas e de segurança.

Mas a rodada, que de início parecia promissora, chegou a impasse devido à exigência da Coréia do Norte por uma enorme infusão de ajuda de energia, o que levou os outros países a suspeitarem que Pyongyang pode não estar disposta a abrir mão totalmente de suas capacidades nucleares.

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``Acho que não há mais necessidade de barganhar. Eles têm apenas que tomar uma decisão'', disse o enviado norte-americano, Christopher Hill, a repórteres antes do início do quinto dia de negociações em Pequim.

``Acho que estamos em um momento em que veremos se a Coréia do Norte está interessada nesta oportunidade, ou não'', disse.

Por trás das exigências de energia, o impasse parece refletir a desconfiança entre a Coréia do Norte e os outros países, principalmente os EUA, o que impediu acordos sobre os passos do desarmamento em mais de três anos de negociações intermitentes.

Hill sugeriu que um fracasso no acordo terá repercussões.

``Há um certo ciclo de vida para estas negociações'', disse. Se não houver acordo, afirmou, ``acho que haverá alguma mudança política, se não for nos EUA, talvez em alguns outros países.''

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MODERAÇÃO

Nenhum dos outros países parecem ter esperança de que a Coréia do Norte modere suas exigências.

Mas uma autoridade sul-corena disse que a China, anfitriã, não quer desistir e que os enviados estão tentando um acordo de último minuto.

``As negociações continuam, mas isso não significa que as coisas estão melhorando'', disse a autoridade, acrescentando que não há nem mesmo uma proposta revisada de acordo.

Os seis lados queriam emitir um comunicado conjunto detalhando o que Pyongyang receberia em troca do fechamento de sua usina nuclear em Yongbyon, que faz plutônio que pode ser usado em armas nucleares. Uma fonte diplomática disse que a Coréia do Norte exigiu que os EUA e outros quatro países forneçam 2 milhões de toneladas de óleo combustível pesado por ano - que valem cerca de 600 milhões de dólares - e 2.000 megawats de eletricidade. A eletricidade equivale à atual produção da Coréia do Norte.

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Outra fonte diplomática disse também que a Coréia do Norte exigiu combustível e eletricidade, mas recusou-se a dar números.

O Norte sugeriu que tem que receber agora mais do que em acordos anteriores porque agora está oferecendo abrir mão de armas nucleares e reatores, disse a segunda fonte.

A tensão em relação às ambições nucleares da Coréia do Norte aumentou em outubro, quando o país realizou seu primeiro teste de explosão nuclear.

Em setembro de 2005, a Coréia do Norte concordou com um comunicado conjunto detalhando os passos de desarmamento para poder receber ajuda, além da aceitação política do seu principal adversário, os EUA.

Mas o acordo ficou mais longe depois que Washington acusou o Norte de falsificar moeda norte-americana e outras atividades ilícitas. Isso levou Pyongyang a boicotar as negociações entre seis países.

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