Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira estarem trabalhando para convencer membros do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) a expressar solidariedade com as vítimas da violência e repressão após a polêmica eleição do Irã.
A embaixadora dos EUA, Eileen Chamberlain Donahoe, disse esperar que o fórum, de 47 membros, adote uma declaração mais forte sobre o Irã na próxima semana.
"(A declaração) tem intenção de mostrar solidariedade com os defensores dos direitos humanos, ao invés de condenação ao governo", disse Donahoe à Reuters.
A declaração adicionará pressão ao Irã após a quarta rodada de sanções aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira para punir o país por seu polêmico programa nuclear.
Os EUA estão fazendo pressão para que outros países apoiem o texto, que deve ser apresentado na terça-feira, possivelmente pela Noruega, disseram fontes da ONU.
Donahoe disse que o objetivo é também destacar as condições dos iranianos um ano após a polêmica eleição presidencial, que provocou os maiores protestos de rua desde a Revolução Islâmica, de 1979.
"Estamos preocupados que, devido à violência e brutalidade do governo, eles estão sendo intimidados ao contar suas histórias", disse Donahoe. "A verdade não está saindo".
A oposição iraniana cancelou na quinta-feira uma manifestação para celebrar o aniversário da eleição por temores com a vida dos participantes diante de qualquer repressão do governo.
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