Depois de quase 20 meses de restrições por causa da pandemia, a partir desta segunda-feira (8), visitantes de 33 países - incluindo o Brasil - poderão entrar nos Estados Unidos sem restrições, desde que comprovem que estão completamente vacinados contra a Covid-19 e apresentem teste negativo para a doença.
Até então, os EUA haviam imposto restrições às viagens não essenciais de estrangeiros ao país. As fronteiras terrestres com o Canadá e o México também foram reabertas para turistas imunizados.
As restrições, impostas no início de 2020 pelo então presidente Donald Trump e continuadas pelo seu sucessor, Joe Biden, tiveram grande impacto no setor de turismo e separaram famílias. Muitos que não puderam viajar aos EUA para participar de datas especiais, nascimentos e funerais estão ansiosos para reencontrar seus familiares.
Desde o anúncio da suspensão das restrições, em setembro, as companhias aéreas registraram grande aumento na procura por passagens.
Quais são as regras?
Todos os turistas que estejam vacinados com um dos imunizantes usados nos EUA ou aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) poderão visitar o país. Eles terão que apresentar comprovante de vacinação e um teste negativo para a doença feito em até três dias antes da viagem. Não será preciso fazer quarentena ao desembarcar.
As autoridades americanas recomendam que o turista faça um novo teste de três a cinco dias após a chegada aos EUA.
Cidadãos dos EUA e menores de 18 anos estão isentos da obrigação de vacinação, mas devem fazer um teste em um prazo de 24 horas antes de viajar ao país.
As companhias aéreas coletarão informações sobre os passageiros para serem usadas no sistema de rastreio de contatos
Os turistas são obrigados a usar máscaras nos aviões e em aeroportos, além de seguir as regras locais e estaduais de seu destino.
Os cidadãos de países dessa lista precisarão de autorização do governo dos EUA para viajar ao país, e o motivo da visita não pode ser simplesmente turismo ou negócios.
O governo americano permitirá a entrada de estrangeiros não vacinados apenas por motivos humanitários ou de emergência. Essas exceções serão aplicadas de forma "extremamente limitada" e exigirão aprovação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Quais vacinas serão aceitas?
Os EUA aceitarão as vacinas autorizadas no país (Pfizer/BioNTech, Moderna e Janssen), assim como as vacinas aprovadas pela OMS:
- Moderna
- Pfizer/BioNTech
- Janssen (Johnson & Johnson)
- Oxford/ Astrazeneca
- Covishield, Serum Institute of India (formulação da Oxford/ Astrazeneca)
- Covaxin, Bharat Biotech
- Sinopharm
- Coronavac, Sinovac
Quem é considerado "completamente vacinado"?
São consideradas completamente vacinadas as pessoas que receberam a primeira dose de uma vacina de dose única, como a da Janssen, ou a segunda dose de um imunizante de duas doses pelo menos 14 dias antes de embarcar em um voo para os EUA.
E quem não está vacinado?
Como grande parte do mundo ainda não está vacinada contra o coronavírus, principalmente devido à falta de acesso a imunizantes em países mais pobres, o governo Biden deixou uma opção para os cidadãos de países onde as doses são escassas: cerca de 50 países onde menos de 10% da população já está vacinada.
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