Washington - Os Estados Unidos enviarão mais dinheiro, tecnologia e agentes de segurança para ajudar o México a lutar contra os cartéis da droga e evitar que violência se espalhe pela fronteira sul norte-americana, anunciaram ontem funcionários da administração Obama.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, planeja viajar ao México hoje para iniciar uma semana de reuniões de alto escalão entre os dois países sobre o problema da violência provocada pelo narcotráfico. A secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, e o secretário de Justiça, Eric Holder, deverão se encontrar com funcionários mexicanos no começo de abril.
Cruentas batalhas entre os cartéis mexicanos trouxeram ondas de violência ao México nos últimos anos e levaram a uma série de sequestros e invasões de domicílios em cidades norte-americanas próximas à fronteira.
O plano da administração Obama, que envolverá várias agências federais, inclui o envio de 362 agentes à fronteira.
Napolitano disse que o governo ainda avalia se enviará a Guarda Nacional dos EUA às fronteiras com o México nos estados do Arizona e do Texas. Os governadores de ambos os estados pediram que a Guarda Nacional seja despachada.
O vice-secretário de Justiça, David Ogden, afirmou que os esforços combinados dos governos mexicano e norte-americano irão "destruir essas organizações criminosas".
As autoridades também disseram que ampliarão o número de agentes da imigração norte-americana e da alfândega, agentes antidrogas e funcionários que lutam contra o tráfico de armas. Além disso, enviarão mais funcionários para o lado mexicano da fronteira.
Napolitano reconheceu que o problema não está apenas no México, mas também nos EUA, onde as drogas são vendidas e consumidas. "Esse é um problema da oferta e da demanda", argumentou.
Para enfrentar a demanda, ela citou recursos ampliados para tribunais que julgam crimes relacionados a drogas. Os recursos fazem parte do recente pacote de estímulo econômico de Obama.
A administração Obama também ressalta o envio de US$ 700 milhões, já aprovados pelo Congresso, que serão dados ao México para a luta contra os cartéis. Funcionários dizem que Obama está particularmente preocupado com os assassinatos em Ciudad Juárez e Tijuana, cidades mexicanas fronteiriças com os EUA.
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