Hospital Presbiteriano de Dallas, onde o paciente com ebola foi internado| Foto: EFE/Richard Rodriguez

Um profissional de saúde que atendeu ao liberiano que morreu por decorrência do ebola em um hospital do Texas está infectado com o vírus, o que o transforma no segundo caso de contágio da doença nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (15) o Departamento de Saúde estadual.

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O profissional, cuja identidade não foi revelada, informou que tinha febre na terça-feira (14) e foi isolado imediatamente no Hospital Presbiteriano de Dallas, afirmou o Departamento em comunicado.

Os resultados dos exames feitos no paciente nas últimas horas nos Laboratórios de Saúde Pública de Austin deram positivo, segundo a emissora de televisão "CNN", que acrescentou que o doente será submetido a um novo teste pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, da sigla em inglês) de Atlanta (Geórgia).

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O Departamento de Saúde do Texas relatou que o paciente foi entrevistado para identificar toda sua rede de contatos rapidamente, além de outras pessoas que potencialmente foram expostas ao vírus. Todos eles serão submetidos a exames e seu estado de saúde será constantemente monitorado.

O Departamento mantém em observação todas as pessoas que tiveram contato com os dois pacientes diagnosticados no Texas, o liberiano Thomas Eric Duncan e a profissional de saúde americana Nina Pham.

Duncan, que morreu na semana passada no Hospital Presbiteriano de Dallas, foi atendido por Nina e outros 75 profissionais de saúde e todos eles estão em observação.

No total, as pessoas monitoradas no Texas já chegam a 125, informou ontem o diretor dos Centros de Controle de Prevenção e Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Thomas Frieden.

As autoridades continuam sem saber como Nina foi infectada pelo vírus, por isso tomaram a decisão de medir a temperatura do pessoal de saúde duas vezes por dia para detectar possíveis sintomas do ebola, o mesmo protocolo que é aplicado nas pessoas que em observação.

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A medição de temperatura foi o que permitiu a descoberta do segundo caso de contágio no país.

Frieden advertiu que os hospitais devem "limitar o pessoal" que trabalha no atendimento de um doente com ebola a fim de diminuir os riscos de contágio.

Sobre Nina Pham, Frieden informou que sua situação permanece "estável" e ela mesma divulgou ontem um comunicado afirmando que está "bem", sem oferecer mais detalhes sobre seu estado.