Desde outubro, a população realiza manifestações contra o atual governo, que tenta impedir a posse do novo presidente eleito, Arévalo de León, em 14 de janeiro| Foto: EFE/ Edwin Bercián
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A presidente do Congresso da Guatemala, Shirley Rivera Zaldaña, anunciou nesta terça-feira (7) que os Estados Unidos retiraram seu visto para entrada no país.

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A deputada do partido Vamos, do atual presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, disse que a decisão do governo americano foi comunicada por e-mail em 5 de outubro.

Em agosto, o Congresso, sob o comando de Rivera Zaldaña, suspendeu o partido Movimento Semente, liderado pelo presidente eleito Bernardo Arévalo de León, por ordem de um juiz criminal, uma decisão amplamente criticada dentro e fora da Guatemala.

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"Em 5 de outubro, eles retiraram meu visto. Fizeram isso por meio de um e-mail no qual diziam que, de acordo com seus critérios, eu não tinha mais direito ao documento", afirmou Zaldaña no Congresso.

Ainda, a congressista disse que "as autoridades americanas haviam informado que a retirada do visto estava relacionada a ações antidemocráticas", mas não deram detalhes sobre a justificativa, segundo ela.

Ao todo, cinco deputados do Movimento Semilla, incluindo Arévalo de León, foram declarados sem partido, devido à suspensão imposta pela direção do Congresso guatemalteco, presidido por Rivera Zaldaña.

A medida cumpria um mandado emitido em 12 de julho pelo juiz criminal Fredy Orellana, acusado de prejudicar a justiça e de corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA, que também retirou seu visto americano.

Após a suspensão decretada pelo Congresso, a deputada eleita e advogada do Movimento Semilla, Andrea Reyes, disse que a decisão de suspender a bancada de seu partido foi tomada ilegalmente, pois precisaria ser votada por todos os 160 legisladores.

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Em 31 de outubro, os EUA anunciaram que haviam imposto restrições de viagem a 14 indivíduos e seus familiares imediatos por "minar a democracia e o estado de direito" na Guatemala.

Desde que Arévalo de León passou para o segundo turno das eleições presidenciais, em junho, e venceu a disputa em agosto, o Ministério Público da Guatemala tentou interferir nos resultados do pleito, razão pela qual o presidente eleito acusou o órgão em 1º de setembro de realizar um "golpe de Estado" contra ele e outros aliados.

Desde então, o presidente eleito convocou diversas manifestações pelo país, pedindo a saída de procuradores e funcionários do Ministério Público do país.

A posse de León como sucessor de Giammattei está prevista para 14 de janeiro. (Com agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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