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Os Estados Unidos revogaram nesta terça-feira (28) os vistos diplomáticos de quatro membros do governo interino de Honduras e de suas famílias, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly.

Os sancionados são funcionários que trabalhavam sob o governo do presidente deposto do país, Manuel Zelaya, mas mantiveram suas funções sob o regime interino de Roberto Micheletti.

O departamento estuda ampliar a medida para outros funcionários, pois não reconhece o governo empossado após o golpe militar de 28 de junho.

O chanceler da Espanha, Miguel Angel Moratinos, disse que vai pedir à União Europeia que tome a mesma medida.

O presidente Zelaya foi derrubado e exilado para a Costa Rica pelos militares. Ele era acusado pela oposição de tentar mudar a Constituição para conseguir um segundo mandato. Ele nega as acusações.

O governo foi assumido interinamente por Micheletti, presidente do Congresso, que prometeu convocar eleições para novembro e dar posse ao novo presidente em janeiro de 2010.

A comunidade internacional não aceitou o novo governo e começou a pressionar pela volta de Zelaya. Os EUA patrocinaram uma negociação, com o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, como mediador, mas não houve acordo.

Zelaya, que está na Nicarágua, tentou duas vezes voltar a território hondurenho, mas o governo interino promete prendê-lo se ele fizer isso.

'Resistência'

O presidente deposto Zelaya deixou o município nicaraguense de Ocotal, perto da fronteira com Honduras, em direção às montanhas nda Nicarágua para organizar uma "resistência", informaram os colaboradores do líder.

Zelaya, que dormiu pelo quarto dia seguido no hotel Frontera do município de Ocotal, no departamento de Nueva Segovia, a 25 quilômetros da fronteira com Honduras e 225 quilômetros a norte de Manágua, se encaminha para a comunidade Las Colinas, perto do ponto fronteiriço de Las Manos.

As autoridades de Honduras permitiram também nesta terça que a família de Zelaya viaje à Nicarágua para se reunir com o líder, vários dias após ter permanecido em um ponto localizado a vários quilômetros da fronteira.

A mulher e a mãe de Zelaya, Xiomara Castro e Hortênsia Rosales, e outros parentes, viajaram da reserva para o posto fronteiriço de Las Manos em uma caravana de veículos.

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