Nova Orleans (Folhapress) O número de mortos em Nova Orleans pela passagem do Katrina deve ficar abaixo dos 10 mil estimativa oficial anterior. "As primeiras buscas foram encorajadoras. As mortes catastróficas que as pessoas previram talvez não tenham ocorrido", disse o coronel Terry Ebbert, diretor do órgão de segurança interna da cidade, a mais atingida pelo furacão em 29 de agosto.
Até ontem, foram confirmados oficialmente 118 mortos na cidade, menos ainda do que os 200 anunciados no dia anterior. Mais da metade das áreas alagadas já foi percorrida, mas ainda há corpos submersos.
Enquanto isso, a ajuda federal para a reconstrução dos prejuízos causados pelo furacão chegou a US$ 62 bilhões. Membros da Casa Branca afirmaram que os números devem subir. O Congresso dos EUA aprovou rapidamente um pedido urgente de US$ 51,8 bilhões de ajuda, que se somou aos US$ 10,5 bilhões aprovados na semana passada.
O presidente norte-americano, George W. Bush, fez ontem uma relação entre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e a catástrofe do furacão Katrina, declarando que hoje os EUA podem superar o problema. "O nosso povo tem o espírito, os recursos e a determinação para superar qualquer desafio", declarou.
Mais de cem nações ofereceram auxílio depois da passagem do furacão. Para Bush, a comoção também lembra o período pós-atentados. Depois de mudar o comando da agência de emergências (veja texto ao lado), ele disse que a Casa Branca vai prosseguir sua guerra contra o terrorismo.
Mesmo aliados criticam o desempenho de Bush. O ex-secretário de Estado Colin Powell disse que houve "muitos erros em todos os níveis do governo". Powell, negro, disse não acreditar que racismo tenha sido um fator para que houvesse uma lenta entrega de ajuda às vítimas do furacão. Em sua avaliação, os responsáveis locais, estaduais e federais não se esforçam o suficiente. A ajuda chega a locais errados, enquanto vítimas ilhadas esperam auxílio.
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