Ao revelar os primeiros detalhes do aguardado plano para a paz no Oriente Médio, o governo Trump pediu mais de US$ 50 bilhões em investimentos estrangeiros, no prazo de 10 anos, para superar as diferenças entre israelenses e palestinos. Para efeitos de comparação, o então secretário de Estado John Kerry prometeu, em 2013, arrecadar US$ 4 bilhões como parte do esforço de paz malsucedido do governo Obama.
O novo plano prevê US$ 39,1 bilhões em doações e empréstimos e US$ 11,6 bilhões em capital privado, mas não assume compromissos por parte dos EUA - ele será apresentado formalmente em uma conferência no Bahrein na próxima semana. O governo americano adiou a divulgação da parte política do plano, que será necessária para implementar a parte econômica, até depois das eleições israelenses, em setembro.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ouvirá a proposta americana e criticou o governo da Palestina por rejeitá-la: "Essa não é a forma de proceder". Neste domingo, Netanyahu disse que Israel exigirá permanecer na Cisjordânia como parte de qualquer acordo de paz.
Oficiais palestinos rejeitaram a proposta econômica, dizendo que os planos de investimento eram um disfarce para ações pró-Israel que Washington já tomou – eles estão insatisfeitos com o reconhecimento do governo Trump de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da embaixada, além do corte de assistência para a Palestina e a resistência em criticar a construção de assentamentos por Israel.