Delegação russa na saída da reunião com os americanos: ao longo do dia, Moscou havia dito que nenhum documento deve sair das conversas| Foto: EFE/EPA/Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Ouça este conteúdo

Rússia e Estados Unidos concluíram após mais de 12 horas as negociações que realizaram na capital da Arábia Saudita, Riad, informou nesta segunda-feira (24) a agência de notícias russa Tass.

CARREGANDO :)

De acordo com a agência, os dois países concordaram com o conteúdo de uma declaração conjunta, mas tornarão públicos os resultados das negociações amanhã.

Durante toda a reunião, os negociadores fizeram três intervalos para descansar ou realizar consultas com seus respectivos governos, disseram fontes próximas à delegação russa.

Publicidade

O diplomata russo Grigori Karasin, que liderou a equipe russa nas consultas, expressou otimismo sobre o progresso das negociações durante o segundo intervalo, embora não tenha mencionado as questões que estavam sendo discutidas.

“As conversas estão em pleno andamento. Há uma discussão interessante sobre as questões mais urgentes”, disse ele à agência russa Interfax.

Karasin enfatizou que “nem toda negociação necessariamente termina com algum tipo de documento e acordo importante”.

“O importante é manter contato o tempo todo e entender o ponto de vista de cada um. Estamos conseguindo isso”, acrescentou.

O Kremlin disse hoje que a prioridade da Rússia nas negociações é a segurança da navegação no Mar Negro, embora os EUA tenham insistido nos últimos dias em estabelecer em Riad as bases para um cessar-fogo na guerra na Ucrânia.

Publicidade

Além disso, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, disse que Moscou não planejava assinar nenhum documento ao final das negociações com os Estados Unidos na capital saudita.

“Não. Não há planos de assinar nenhum documento”, declarou Peskov poucas horas antes do fim das conversas que aconteceram no hotel Ritz-Carlton, em Riad.

A Rússia tem rejeitado uma trégua total na Ucrânia, tanto por seis meses, como proposto por líderes europeus, quanto por 30 dias, como proposto pelos EUA, e concordou apenas com uma trégua em ataques a instalações de energia ucranianas.