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Combate ao crime organizado

EUA sancionam facção “Los Choneros” e líder que deu início à onda de violência no Equador

José Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, do Equador (Foto: Reprodução/Forças Armadas do Equador)

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Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (7) sanções contra o grupo criminoso Los Choneros e seu líder, José Adolfo Macías Villamar, conhecido como 'Fito', que estão por trás da onda de violência desencadeada há algumas semanas no Equador.

A decisão do Departamento do Tesouro foi tomada depois de, no mês passado, o presidente do Equador, Daniel Noboa, ter declarado guerra à gangue e outros grupos do crime organizado que atuam no país.

"Quadrilhas como 'Los Choneros', muitas delas ligadas a poderosos cartéis de drogas no México, ameaçam as vidas e os meios de subsistência das comunidades no Equador e em toda a região", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.

A mais recente onda de violência no Equador causada por essas quadrilhas começou em janeiro, apenas dois dias depois de 'Fito' ter fugido da Prisão Regional de Guayaquil, onde cumpria uma pena de 34 anos imposta em 2011 por tráfico de drogas, crime organizado e homicídio.

Em 8 de janeiro, o Equador entrou em estado de exceção por 60 dias, que incluiu um toque de recolher obrigatório durante a noite e primeiras horas da manhã.

Além disso, desde 9 de janeiro e em meio a uma onda de atentados e ações violentas atribuídas ao crime organizado no país, o governo de Daniel Noboa declarou a existência de um conflito armado interno.

O Departamento do Tesouro americano destacou que "Los Choneros" estão envolvidos no tráfico de drogas no Equador desde os anos 90 e são um fator-chave na escalada de violência desde 2020.

De acordo com a pasta, eles controlam as principais rotas de tráfico de cocaína e, em troca, fornecem segurança e serviços logísticos ao Cartel de Sinaloa.

'Fito' é o líder da quadrilha desde 2020, e a sanção anunciada contra ele e o grupo visa a participação ou tentativa de participação em atividades ou transações que tenham contribuído para a proliferação internacional de drogas ilícitas ou seus meios de produção.

Como resultado da decisão desta quarta-feira (7), todas as propriedades e interesses em bens das pessoas designadas acima descritas que se encontrem nos EUA ou na posse e controle de americanos estão bloqueados.

O Departamento de Estado dos EUA também lembrou que a recompensa de US$ 5 milhões (R$ 24,8 milhões) oferecida por informações que levem à prisão ou condenação dos responsáveis pelo assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, em agosto de 2023, continua em vigor.

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